Jeff Molina em vitória no UFC. Foto: Reprodução/Instagram
Jeff Molina foi suspenso por 36 meses pela Comissão Atlética de Nevada (NAC) após violar regras de integridade esportiva ao apostar em uma luta de seu colega de treino Darrick Minner, ocultar informações sobre uma lesão prévia do adversário e manter vínculos com o escândalo de apostas liderado por seu ex-treinador James Krause, banido permanentemente do esporte. Em resposta, o atleta afirmou em rede social que sua punição é ‘insana’ e apontou ‘duplo padrão’ ao citar apostas públicas de outros lutadores, como Conor McGregor.
“Minhas palavras foram distorcidas. Apostei em todas as lutas do card. Era assim que eu ganhava uma renda extra quando não estava lutando, já que passo o tempo todo assistindo a combates. Fiz apostas em ambos os lados da luta, e meu valor ‘significativo’ foi menor que US$ 500. A única coisa que fiz de errado foi continuar a apostar duas semanas depois de o UFC nos enviar um e-mail pedindo para parar. Levar uma suspensão de três anos por isso é insano. (Conor) McGregor pode postar suas apostas de um milhão de dólares todo mês em lutas principais, sendo um lutador ativo, e ninguém diz nada. Definitivamente, há um duplo padrão”, escreveu o atleta.
A investigação da NAC, no entanto, apontou que Molina tinha conhecimento prévio de uma lesão no ligamento cruzado anterior de Minner, ocorrida semanas antes da luta contra Shayilan Nuerdanbieke. Regras da comissão exigem que lesões significativas sejam comunicadas para avaliação médica, garantindo condições seguras de competição. A omissão permitiu que o lutador entrasse no octógono sem que o oponente ou as autoridades fossem alertadas sobre o risco.
Além disso, a aposta ‘significativa’ de Molina no evento — embora ele alegue ser inferior a US$ 500 — foi considerada um conflito de interesse, já que o atleta mantinha proximidade com Krause, pivô de um esquema que manipulava resultados com base em informações privilegiadas. Em dezembro de 2022, o UFC proibiu todos os lutadores de apostarem em combates da organização, após Krause ser investigado por suspeitas de vazamento de dados sobre lesões de atletas que treinava.
