
Alex Poatan em entrada para evento no UFC. Foto: Reprodução/Instagram/UFC India
Às vésperas do embate considerado por muitos o mais difícil de Alex Poatan, o brasileiro não teme abrir o coração. O campeão meio-pesado (até 93kg.) vai enfrentar Magomed Ankalaev na luta principal do UFC 313, no sábado (8). Em entrevista recente ao site ‘The Players Tribune’, intitulada ‘O medo é meu amigo’, Poatan fez revelações sobre sua relação com a luta.
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Uma das falas do lutador retransforma o mito em humano. Alex Poatan revelou seu receio em ser nocauteado.
“Tenho muito medo de ser nocauteado. Não tenho nenhum problema em te dizer isso, por rir se quiser. Essa é a realidade. Mas a chave é… esse medo? Eu sei como controlar isso. É tudo uma questão de estar no controle. Essa é a parte mais importante.”, disse Poatan ao ‘The Players Tribune’.
Alex Poatan e o medo do escuro
Naturalmente, a entrevista foi muito pautada pelo tema ‘medo’. Poatan falou sobre seu medo do escuro quando criança. Como todo campeão, tirou lições importantíssimas das dificuldades. Mesmo que seja um mero medo do escuro.
“Quando eu era criança, morando em Batistini, lá em São Bernardo do Campo, tinha medo do escuro. Tô falando sério, pessoal. Sem brincadeira. Confia! Não tô de historinha. Eu tinha medo do escuro. E não só quando era uma criança muito pequena. Estou falando dos 10 ou 11 anos.”, revelou Alex Poatan.
“Meus pais estavam lá, em nossa casinha, todas as noites, junto com os meus sete irmãos e irmãs. Então eu estava seguro. Mas eu ainda tinha medo quando a noite chegava. Na verdade, não era da escuridão em si… era mais sobre não saber o que poderia acontecer comigo, de não ser capaz de estar no controle do que me cercava. Lembro que às vezes até fazia xixi na cama porque tinha medo de levantar e ir ao banheiro no escuro.”, contou ao ‘The Players Tribune’.
“É claro que, à medida que fui crescendo, esse medo do escuro foi desaparecendo aos poucos. Mas a ideia por trás disso, de querer sempre estar no controle da situação? Ah, isso nunca foi embora. E o caminho que segui para me tornar um lutador está realmente ligado a isso. Quando criança, nunca fui de seguir a manada. Eu não queria ficar brincando o dia todo ou mesmo lendo pilhas de livros. Eu queria escolher meu próprio caminho. Queria estar no controle.”, disse Poatan.
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