Belal Muhammad com bandeira da Palestina em compromisso do UFC. Foto: Reprodução/Instagram @bullyb170
O campeão dos meio-médios (até 77kg.) Belal Muhammad não tem nenhuma bandeira que o represente na divulgação da luta contra Jack Della Maddalena, no site oficial do UFC. A ausência no card do UFC 315 chamou a atenção dos fãs do lutador nascido e criado em Chicago (EUA), mas com muito orgulho de sua herança palestina.
Os pais de Belal imigraram da Palestina e o atleta é frequentemente visto empunhando a bandeira do Estado antes e depois de suas lutas. Em várias ocasiões, ele falou sobre o conflito em andamento contra Israel e sua descendência já foi até mesmo usada mais de uma vez pelo falastrão Sean Strickland.
Fãs online notaram que, dos 16 atletas listados na página do UFC 315, Muhammad é o único sem uma bandeira ao lado de seu nome. Nem mesmo a americana. (veja reprodução abaixo)
Muitos reagiram ao fato. Uma PhD em História da Universidade de Cambridge escreveu: ‘Belal Muhammad mostra orgulhosamente sua bandeira palestina em suas lutas no UFC, então por que ele é o único lutador sem bandeira?’
Outra usuário do ‘X’ (antigo Twitter) publicou: ‘A maneira como o UFC se recusou a colocar a bandeira palestina sob Belal, mas todos os outros lutadores têm sua bandeira. Rindo muito!’
Até o brasileiro Kron Gracie foi lembrado na problemática. O usuário Lucas Thomas alegou: ‘O argumento de que ele não tem uma bandeira palestina porque é americano é fraco por pelo menos duas razões: 1. Ele não tem bandeira nenhuma, não apenas porque tem a bandeira dos EUA 2. Kron Gracie nasceu no Brasil, mas se mudou para os EUA com um ano de idade e é cidadão americano. Ele tem a bandeira do Brasil.’.
A Palestina é um Estado no Oriente Médio que reivindica soberania sobre os territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. Israel, por sua vez, não reconhece a Palestina como Estado independente e defende que suas ações se justificam no combate ao Hamas, organização considerada terrorista pelos israelenses e que comanda a Faixa de Gaza desde 2006.
Declarações recentes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a Faixa de Gaza e a retirada de palestinos demostraram o interesse americano pelo território, já expressado anteriormente pelo Republicano. Trump afirmou que ‘os EUA assumirão’ a região e acrescentou que ‘as mesmas pessoas não deveriam estar encarregadas de reconstruir e ocupar a terra’.
