
Demetrious Johnson é lenda do UFC. Foto: Reprodução/Instagram/UFC
Considerado um dos maiores nomes da história do MMA, Demetrious Johnson construiu uma trajetória marcada por dominância técnica. O norte-americano defendeu o cinturão peso mosca (até 56,7kg.) do UFC 11 vezes consecutivas, recorde ainda não superado. No entanto, antes de fazer história, sua caminhada começou com ganhos modestos.
Em entrevista ao ‘Outta Podcast’, o ex-lutador revelou que, em sua primeira luta pelo título, contra Dominick Cruz, recebeu US$ 14 mil para entrar no octógono e outros US$ 14 mil condicionados à vitória — valores próximos ao salário mínimo atual da promoção (US$ 12,5 mil/show + US$ 12,5 mil/vitória).
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“Trabalhei durante toda a minha carreira até lutar contra Dominick Cruz. […] Estava no Super Bowl, essencialmente, e ganhei US$ 14 mil”, desabafou Johnson.
À época, o atleta acumulava apenas duas lutas na organização antes do desafio ao título. A crítica à política salarial do UFC não é nova. Demetrious Johnson só teve acesso a pontos de pay-per-view após ser negociado com o ONE Championship em 2019. No UFC, mesmo como campeão, seu contrato previa US$ 125 mil para lutar e US$ 50 mil para vencer.
“Campeões fazem a maior parte do dinheiro com PPVs. Se você está em um card do Conor McGregor, que vende 2,1 milhões de compras, a matemática é clara. Eu nunca tive essa chance”, lamentou o ex-campeão.
Apesar das deficiências contratuais, Johnson consolidou-se como lenda do esporte. Após deixar o UFC em 2019, tornou-se campeão do Grand Prix de MMA do ONE Championship, provando seu valor além das fronteiras da promoção norte-americana.
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