Wand (foto) segue em pé de guerra com o UFC e Dana White. Foto: Josh Hedges/UFC
A guerra entre Wanderlei Silva e o UFC parece estar longe de acabar. Banido para sempre do MMA em Nevada e oficialmente aposentado do esporte, Wand segue sob contrato com a maior organização do planeta e continua sua cruzada para conseguir a rescisão do acordo. Mais uma vez, o “Cachorro Louco” acusou o Ultimate de escravidão e chegou a lançar ameaças contra o presidente Dana White caso não consiga seu desligamento do evento.
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“Não vou pagar um dólar para me livrar desse contrato. Vou fazer ele me liberar de graça. Não sei quanto seria e nem vou querer saber. Se ele (Dana White) não me liberar vai ficar muito ruim para ele porque estou com toda uma nação comigo, os brasileiros estão todos comigo. Agradeço todo o povo brasileiro que está indo nas redes sociais a meu favor, a favor dos atletas. (…) Escravidão é ser obrigado a ficar ligado a alguém que você não quer. Estou sendo discriminado, perseguido em país estrangeiro. Ninguém sabe o que tem nesse contrato”, disse o ex-lutador, em entrevista concedida ao site do canal “Combate”.
“O maior problema desse contrato é que te tira a liberdade. Ele não me paga e não me deixa trabalhar. Um evento ia me pagar US$ 10 mil por uma hora e meia de trabalho e recebi e-mail dizendo que, se fosse, seria processado. Ele não me paga, não me libera e só quero minha liberdade. Isso é uma escravidão. Se você não quiser trabalhar no seu trabalho, tem que poder sair. Senão é escravidão (…). Por exemplo: ganhei, se não me engano 5 ou 7 mil dólares pelo jogo de vídeo game, que rendeu 300 milhões ao UFC na primeira saída. Podem dizer: ‘Ah, mas você aceitou quando assinou’. Ou você assina ou você está fora, amigo. O lutador não tem poder de barganha”, completou.
Além disso, Wanderlei também citou alguns exemplos do que considera como abusos cometidos pelo Ultimate e garantiu que está organizando um movimento para que os atletas lutem por seus direitos. “Por que vai segurar um atleta aposentado? Eu não vou lutar mais, então porque não me liberar do contrato. Segundo ele, estou banido pela comissão, que não tem autoridade nenhuma sobre mim. Não aceito essa punição. Só que ele está criando um monstro. Estou ficando chateado, p… com a situação e criando um movimento em prol dos lutadores. Por exemplo: esse negócio que perguntaram quanto o Aldo ia ganhar na luta. Por que ele ficou bravo? Por que tanto mistério? Por que ficar tão chateado com quanto paga? Isso deveria ser motivo de orgulho para ele. ‘Vou pagar sete milhões para o campeão’. Mas ele quer pagar 100, 200 mil dólares. Falam que é muito dinheiro, mas não é porque tem que pagar todo o custo. O problema é que os atletas geram muito mais do que está sendo repassado para eles”, assegurou.
Por fim, o ex-campeão do PRIDE disse que seu plano é garantir aos lutadores o direito de se desligarem do Ultimate quando tiverem divergências e aproveitou para alfinetar a relação da organização com seus ídolos quando eles estão deixando o evento . “(Vou convencer o Dana) Pelo bom senso dele. Vou mostrar que me ter sob contrato contra minha vontade vai ser muito ruim. Eu quero conseguir isso para todos os atletas que tiverem problemas com a organização. Não vou ser o primeiro, nem vou ser o último. Quero mostrar que quem assinar com essa empresa vai se prejudicar porque não vejo ninguém sair forte. Sempre derrubam o cara antes de ele sair”, concluiu.
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