Caio Borralho após vitória sobre Jared Cannonier. Foto: Reprodução/UFC
A vitória de Nassourdine Imavov contra Israel Adesanya na luta principal do UFC Arábia Saudita gerou reações em diversos nomes da divisão peso médio (até 83,9 kg.), entre eles, Caio Borralho. O brasileiro, que ocupa a sexta posição no ranking da categoria, manifestou o interesse de medir forças com o russo num duelo para definir o próximo desafiante número um.
Em entrevista ao Submission Radio nesta segunda-feira (3), o representante da Fighting Nerds vislumbrou um confronto com Imavov, além de também citar Robert Whittaker.
“Acho que Imavov pode ser uma grande luta, mas acho que (Robert) Whittaker também pode ser uma grande luta. Então, quem quer que o UFC decida que eu vá, estou pronto”, afirmou Borralho.
Caio Borralho e Jared Cannonier fizeram ‘Luta da Noite’ no UFC Vegas 96. Foto: Reprodução/Instagram
Ao abordar as possibilidades de um confronto com o russo, que deve se tornar o segundo colocado do ranking da divisão na próxima terça-feira (4), ele destacou o condicionamento físico e a habilidade de pressionar como pontos a serem explorados no duelo.
“Se for uma luta de cinco rounds. Acho que ele pode se cansar com meu ritmo. Com certeza preciso ficar um pouco atento à mão direita dele porque ele vem muito rápido, e nesse esporte a velocidade e o timing superam tudo. Então acho que podemos ter dois rounds ótimos e disputados, talvez três, mas no quarto ou quinto, acho que posso pressioná-lo um pouco mais e talvez conseguir a finalização – mas com certeza conseguir a vitória”, afirmou.
Adesanya foi atropelado por Imavov no UFC Arábia Saudita. Foto: Reprodução X/UFC
Ainda durante a entrevista, o maranhense foi sincero ao assumir que não contava com uma vitória de Imavov no último sábado (1). Ele questionou a capacidade de absorção de golpes do nigeriano e se a derrota não poderia ser resultado de uma questão de falta de ritmo de luta.
“Achei que Israel iria despedaçá-lo por três ou quatro rounds e depois talvez perder um round ou algo parecido. Achei que seria mais preciso levar um golpe e tudo mais, mas acho que ele foi bom em acertar alguém, mas não tão bom quando foi atingido. Acho que ele pode estar um pouco fora de ritmo de luta – de sparring e tudo mais. Ele não está no auge, com certeza, mas é difícil dizer porque o cara é o GOAT há muito tempo, é tão bom há tanto tempo”.
Num aspecto mais técnico, o brasileiro falou sobre a sequência final do combate e apontou um erro crucial cometido pelo ex-campeão, que resultou no nocaute.
“É difícil ver o cara perdendo dessa forma, mas acho que ele fez uma escolha errada ao trocar de base muito perto do Imavov, porque quando você muda de postura, você precisa ficar um pouco longe do cara para poder pode se ajustar, e o cara também pode se ajustar. Mas acho que ele mudou a postura tão perto de Imavov, e não teve como se adaptar, e então foi atingido”, concluiu.