Os advogados de Anderson Silva até conseguiram adiar o julgamento do doping do brasileiro, mas o ex-campeão dos médios recebeu um sinal de alerta nesta segunda-feira (23). A Comissão Atlética de Nevada, mesmo órgão que avaliará o caso do Spider, condenou o cubano Hector Lombard, cujo resultado do antidoping veio a público na mesma semana do teste de Anderson, a um ano de suspensão.
Lombard testou positivo para desoximetiltestosterona (DMT) depois do UFC 182, quando venceu Josh Burkman. O prazo final da suspensão será 3 de janeiro de 2016. Além dos 12 meses afastado, Lombard recebeu também uma multa de US$ 70,4 mil (R$ 222 mil, pela cotação atual), o valor equivale ao bônus recebido pela vitória mais um terço de sua bolsa. A vitória do cubano também foi revertida em um “No Contest” (luta sem resultado).
Durante a audiência, Hector se desculpou pelo ocorrido, mas negou ter feito uso voluntário da substância banida e alegou que pode ter sido vítima de contaminação. “Estou devastado por ter decepcionado meus fãs, o UFC, Dana White e Joe Silva. Peço desculpas a todos e ao meu adversário, Josh Burkman. Confiei em quem estava à minha volta e tomei o que me receitaram. Mas sei que sou responsável pelo que deixo entrar em meu corpo. Nunca falhei em nenhum exame, mesmo quando era atleta olímpico. Confiei em quem não deveria, fui um idiota. Só peço uma segunda chance”, declarou.
No dia 3 de fevereiro, poucos dias após vencer Nick Diaz no UFC 183, foi anunciado que Anderson Silva havia testado positivo para os esteroides anabolizantes drostanolona e androsterona em exame antidoping surpresa realizado no dia 9 de janeiro. Um segundo exame, feito no dia 19 do mesmo mês, não apresentou nenhum traço de substância ilegal. No exame pós-luta, no entanto, Anderson voltou a testar positivo para anabolizantes e, além disso, também para dois ansiolíticos, Oxazepam e Temazepam, remédios geralmente usados para combate da insônia e distúrbios do sono.
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