No UFC Vegas 101, que acontece neste sábado (11) nos Estados Unidos, Amanda Ribas começa os primeiros passos de sua planejada – e ousada – caminhada de 2025. A revanche diante da também brasileira, mas que nasceu nos Estados Unidos, Mackenzie Dern, é o primeiro obstáculo de um ano que promete muitas emoções para a mineira de Varginha, conhecida como a ‘Terra do ET’.
O primeiro confronto contra Dern no UFC aconteceu em outubro de 2019, ano em que Amanda entrou na organização. O duelo entre ambas aconteceu no card principal do UFC Tampa. Na ocasião, a lutadora com raízes norte-americanas chegava à Flórida com um cartel invicto de sete vitórias, enquanto a mineira tinha apenas três meses na nova ‘firma’, após estrear com vitória diante de Emily Whitmire, ao vencer no segundo round por finalização. Mais completa e com um muay thai afiado, Amanda sobrou na trocação e superou o jiu-jitsu de sua compatriota. Ao fim do duelo, a mineira foi declarada vencedora por decisão unânime dos juízes.
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Cinco anos depois, a risada inconfundível continua sendo a marca registrada de Amanda Ribas, mas a cabeça mudou muito. O amadurecimento veio tanto na mente quanto no coração. Nos esportes de combate desde os três anos de idade, primeiro no judô e depois no jiu-jitsu, e incentivada pelo pai Marcelo Ribas, ex-lutador e hoje treinador, ela acredita que o esporte muda vidas. No ano passado, Amanda inaugurou em Varginha um instituto que leva seu nome e ajuda crianças de 4 a 12 anos de idade que vivem em situação vulnerável. Lá, os pequenos têm aulas de judô, jiu-jitsu, muay-thai e capoeira. Para ela, um estímulo a mais para vencer Mackenzie de novo e galgar seu caminho até o cinturão peso palha (até 52,1kg.).
“A Amanda de hoje tem ainda mais coração e vontade de vencer do que aquela de 2019. Ano passado fiz só uma luta para descansar um pouco e focar no meu instituto. Quero fazer 3 lutas esse ano. Vontade de ser campeã e deixar um legado para que muitas crianças vejam que, com um sorriso no rosto, fazendo o certo e trilhando o caminho correto, elas podem conquistar o mundo”, afirmou Amanda.
Mas não foi só a mineira que amadureceu desde o primeiro confronto. Após perder a invencibilidade contra Amanda, Mackenzie Dern comprovou no octógono que não sentiu o primeiro revés e emendou quatro vitórias consecutivas na sequência, três delas faturando o bônus de ‘Performance da Noite’. Porém, tanto Dern quanto Ribas, têm vivido um efeito ‘gangorra’, alternando triunfos e derrotas. O que, para Amanda, que inclusive já teve contato com a adversária fora do octógono, é normal em esportes de combate.
“Gente boa ela [Mackenzie]. Já conversamos sim algumas vezes, mas pouco contato, já que ela nasceu nos EUA e eu nasci no Brasil [risos]. Sempre competi desde os três anos no jiu-jitsu e judo. Perder e ganhar faz parte do esporte. Normal muito normal. Quem sofre são os fãs [risos]”, revelou.
Além de ser a número oito do ranking peso palha, Amanda também é a décima no ranking peso mosca (até 56,7kg.). Ao ser perguntada se a ideia em 2025 é continuar focada na categoria até 52,1kg ou continuar híbrida, ela não teve dúvidas em responder.
“Se vier uma boa luta nos 56,7kg, eu lutarei. Mas o foco são os 52,1kg, que é a minha categoria”, concluiu.
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