A Comissão Atlética de Nevada respondeu às alegações de Wanderlei Silva sobre o banimento vitalício que recebeu no ano passado e recusou os apelos do ex-lutador brasileiro de maneira firme, classificando seus argumentos como “desprezível para dizer o mínimo”.
Em 2014, Wanderlei recebeu uma dura punição da entidade norte-americana por ter se recusado a fazer um exame antidoping surpresa meses antes da luta que faria contra Chael Sonnen, no UFC 175. A Comissão de Nevada argumenta que, pelo fato de o combate já ter sido anunciado de forma oficial, os lutadores já devem estar sujeitos a fornecer amostras quando se julgar necessário. Por isso, em julgamento, Wanderlei recebeu uma punição vitalícia pela Comissão de Nevada, de modo que nunca mais poderá ser licenciado para lutar sob sua supervisão – e também à de outras entidades, que seguem as normas da Comissão de Nevada.
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Em contrapartida, o ex-campeão do PRIDE se revoltou com a decisão da Comissão de Nevada. Wanderlei inclusive entrou na justiça contra a punição, alegando que a entidade não possuía jurisdição para realizar o exame. A resposta do órgão veio de maneira contundente:
“Silva admitiu à comissão que sabia que estava programado para lutar em Las Vegas quando o coletor pediu suas amostras para o exame. Silva admitiu à comissão que deveria ter se submetido ao exame. Então, por que Silva se recusou a fazer o exame? Porque ele sabia que estava usando uma droga proibida. Essa é a verdade. A declaração posterior de Silva em nota a este tribunal, na qual dizia que se recusou corretamente a fornecer amostra de sangue por não estar licenciado para lutar, é desprezível para dizer o mínimo”, rebateu a entidade, em documento divulgado pelo blog norte-americano “Combat Sports Law”.
A droga proibida à qual a comissão se refere são os diuréticos que o brasileiro assumidamente utilizou. A substância, proibida pelos regulamentos antidoping vigentes, foi ingerida por Wanderlei como forma de recuperação de uma lesão que havia sofrido na mão. “Silva admitiu que usou uma droga proibida antes de sua luta. A conclusão da comissão, de que Silva deveria ter se submetido a exames fora de competição é apoiada por suas próprias declarações”, continua o documento.
Por fim, a Comissão de Nevada reforça a decisão de fazer exames surpresa em atletas que têm combates agendados em Nevada. “A comissão tem todo o controle e jurisdição sobre todas as competições de combate que são realizadas no estado de Nevada. Com este amplo escopo em mente, a pergunta é: poderia um combatente que possui competição agendada em Nevada fugir de um exame para drogas semanas antes de sua luta? A comissão acredita que, pela saúde e segurança destes competidores e pela integridade do esporte, a resposta deve ser ‘não’”, completou.
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