Maior pedra no sapato de Anderson Silva, com duas vitórias sobre o brasileiro em menos de seis meses, o campeão dos médios Chris Weidman também opinou sobre o caso de doping do Spider. Na opinião de Weidman, o episódio vai marcar o histórico de Anderson para sempre e pode acabar influenciando os jovens atletas a fazerem uso de substâncias proibidas. O norte-americano, porém, deseja passar outra mensagem para as futuras estrelas do MMA.
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“Seu legado está em cheque neste ponto. Não há como voltar atrás nisso”, disse Weidman, em entrevista ao canal “FightHub”. “O que mais me incomoda com essa situação do Anderson Silva e outros caras sendo pegos é por causa dos caras jovens que estão chegando. Agora eles vão achar que precisando começar a tomar esteroides. Agora vão especular se o Anderson tomou isso sua carreira toda. Eles vão imaginar que eles estava fazendo isso e que ele ganhou, quem sabe, vamos, dizer, 50 milhões. ‘Se ele fez isso e foi capaz de tomar conta de si mesmo e de sua família pelo resto da vida, talvez valha a pena’, eles podem pensar. Minha mensagem para eles é que eu sou um campeão e nunca tomei nenhuma droga para aumento de desempenho. Eu jamais faria isso”, completou.
O norte-americano também se disse surpreso pelo ocorrido com o Spider, mas evitou o exagero no tom crítico, para não atacar o brasileiro em um momento no qual ele é um alvo fácil. “Eu estou completamente surpreso pelo Anderson Silva. Eu não sou o tipo de cara que chuta as pessoas quando elas estão caídas, então não vou machar seu nome mais do que já está sendo manchado. Vou dizer que é uma decepção. Eu sempre pensei que os campeões, se você olhar para eles, muscularmente, eles não são esses caras bombados”, analisou.
Aos 30 anos, Chris Weidman possui um cartel profissional invicto em 12 lutas. No próximo dia 23 de maio, ele põe seu cinturão em jogo contra Vitor Belfort na luta co-principal do UFC 187. Weidman conquistou o título em julho de 2013, ao chocar o mundo do MMA e bater Anderson Silva no UFC 162. Seis meses depois, no UFC 168, em dezembro, o norte-americano voltou a levar a melhor, desta vez após a grave fratura sofrida pelo brasileiro no segundo assalto.
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