Perda de seguidores, patrocinadores, boicote a produtos: a vida de McGregor após a condenação por agressão sexual

Da noite pro dia, 'The Notorious' perdeu mais de 100 mil seguidores no Instagram, participação em jogo e parceria com bebidas alcoólicas

Império de Conor McGregor está ruindo após condenação por agressão sexual. Foto: Reprodução/Instagram @thenotoriousmma

O império empresarial de Conor McGregor sofreu um triplo golpe após o veredito em seu processo cível na semana passada. O polêmico lutador irlandês, ex-campeão peso pena (65,7 kg.) e leve (70,3 kg.) do UFC, foi condenado por agressão sexual a uma mulher, identificada como Nikita Hand. O caso aconteceu num hotel em Dublin, na Irlanda, no ano de 2018.

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Após o veredito, ‘The Notorious’ passou a ser visto com outros olhos por patrocinadores. Além de ter que pagar uma indenização de cerca de 250 mil euros (aproximadamente R$ 1,5 milhão), McGregor perdeu a participação em um jogo de computador, assim como seguidores nas redes sociais. Varejistas irlandeses também estão boicotando a venda de bebidas alcoólicas que usam a marca do lutador.

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Seguidores

Mais de 100 mil pessoas deixaram de seguir Conor McGregor nos últimos dias após o caso de Nikita Hand. Na última sexta-feira (22), um júri do Tribunal Superior da Irlanda decidiu a favor dela e de sua acusação de agressão sexual contra o lutador de MMA.

De acordo com números retirados do ‘InsTrack’, após o veredito de sexta-feira, a conta de McGregor no ‘Instagram’ perdeu quatro mil seguidores. Um dia depois esse número caiu em mais 33.958, e em mais 42.719 no dia seguinte.

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No momento em que esta reportagem foi escrita, McGregor havia perdido cerca de 105 mil seguidores no ‘Instagram’.

Uma publicação do ‘reportedd.ie’, uma instituição de caridade que permite que as pessoas denunciem assédio sexual anonimamente, se tornou viral. Eles examinaram a importância de deixar de seguir uma figura como McGregor, já que com menos seguidores, é menos provável que ele ganhe tanto dinheiro com conteúdo patrocinado no ‘Instagram’. Respondendo à postagem, o próprio Conor McGregor comentou: ‘Seguido’.

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Participação em jogo

Conor McGregor participava do jogo Hitman. Foto: Divulgação/IO Interactive.

Nesta segunda-feira (25), a desenvolvedora de videogames ‘IO Interactive’ anunciou publicamente o desligamento do lutador do jogo ‘Hitman’, cuja voz era utilizada no personagem ‘The Disruptor’. No início deste mês, uma missão envolvendo o irlandês havia se tornado acessível aos jogadores.

Por meio de um pronunciamento oficial, a empresa deixou claro que o processo cível foi o único e principal motivo para a decisão de cortar todas as relações com McGregor. A ‘IO Interactive’ também removeu qualquer material com ‘The Notorious’ de seu site.

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“Levamos esse assunto muito a sério e não podemos ignorar suas implicações. Consequentemente, começaremos a remover todo o conteúdo com o Sr. McGregor de nossas vitrines a partir de hoje”, disse a IO Interactive em uma declaração.

Boicote a bebidas

Conor McGregor e a marca do seu primeiro whisky / Divulgação

Conor McGregor e a marca do seu primeiro whisky / Divulgação

Dois empreendimentos de bebidas associados a McGregor ficaram sob os holofotes, com o proprietário da Carry Out Off-Licence e da Costcutter Ireland, Barry Group, retirando de venda tanto sua cerveja preta irlandesa ‘Forged’, quanto sua ‘Proper No. Twelve Irish Whiskey’, a marca de uísque que o lutador possuía anteriormente.

“O Barry Group decidiu remover a Forged Stout e a Proper 12 de circulação em nossa rede de lojas Costcutter e Carry Out. Esta ação reflete nosso comprometimento em manter um ambiente de varejo que esteja em sintonia com os valores de nossos clientes e parceiros”, disse o Barry Group em um comunicado.

Além disso, o grupo varejista irlandês Musgrave, dono das marcas SuperValu e Centra, retirou as bebidas de McGregor de suas lojas.

Mesmo assim, pegando carona na decisão da ‘IO Interactive’, a ‘Proximo Spirits’, que comprou a marca de uísque do lutador em 2021, anunciou que não usará mais o nome ou a imagem de Conor McGregor na bebida.

O caso

A acusação contra McGregor é referente dezembro de 2018. Segundo Nikita Hand, o lutador a violentou num hotel na cidade de Dublin. Após a condenação, o irlandês disse que pretende recorrer da decisão.

“Vou recorrer da decisão de hoje. Estou com minha família agora, focado no meu futuro. Obrigado a todo o meu apoio em todo o mundo”, afirmou.

Já Hand, que será indenizada em € 248,603.60 (mais de R$ 1,5 milhão), afirmou na saída do Tribunal Superior de Dublin que a decisão é uma prova da existência da Justiça para todos os cidadãos.

“Espero que minha história seja um lembrete de que não importa o quanto você tenha medo, fale, você tem voz e continua lutando por justiça. Sei que isso teve um impacto tremendo não apenas na minha vida, na da minha filha, na minha família e nos amigos. É algo que nunca esquecerei pelo resto da minha vida”, disse.

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