Quase uma semana após o UFC 309, Michael Chandler quebrou o silêncio e se manifestou pela primeira vez a respeito dos golpes supostamente ilegais desferidos em Charles do Bronx no quinto round da derrota para o ex-campeão. Enquanto muitos fãs acusam o norte-americano de acertar múltiplas vezes a nuca do brasileiro, ‘Iron’ garante que os golpes foram legais.
Em participação recente no podcast Bussin’ With The Boys, Michael Chandler afirmou que todos os golpes atingiram a região da orelha de Charles do Bronx e que acredita que a luta teria sido interrompida se o brasileiro não possuísse uma larga vantagem nas papeletas dos juízes àquela altura.
“O árbitro estava bem ali, cara. Digo, ele recebeu uns 15 golpes na orelha. 15! Eu fiquei esperando o árbitro interromper. A parte difícil é que existe uma regra não escrita e eu iria querer a mesma coisa. Se eu estivesse com três ou quatro rounds de vantagem e Charles me derrubasse, eu gostaria que o árbitro não interrompesse a não ser que fosse uma questão de vida ou morte. Deixe-me sobreviver e vencer a luta”, disse o norte-americano.
Apesar de ter tido esperança na interrupção do árbitro, Michael Chandler garante que não sente que foi necessariamente prejudicado na derrota para Charles do Bronx.
“É aí que minha humildade entra em jogo. O esporte é assim e é assim que as coisas deveriam acontecer. Eu entendo. Se fosse uma luta diferente, acho que Keith Peterson interviria e me tiraria de cima dele depois daqueles 15 ou 20 golpes. Mas ele já estava com rounds de vantagem e existe essa regra não escrita. Ele estava em uma situação ruim. Lembro que quando ele se virou, ele olhou para mim e por algum motivo seus olhos estavam vermelhos. Estavam cheios de sangue e ele olhava para mim, mas não estava de fato olhando para mim. Estava ferrado”, afirmou.