Primeira árbitra brasileira no UFC, veterinária sonha em dividir octógono com Ronda Rousey

A cearense Camila Albuquerque conta como chegou à maior organização de MMA do mundo

Camila Albuquerque intermediou luta entre Reneau e Andrade. Foto: Inovafoto

Camila Albuquerque intermediou luta entre Reneau e Andrade. Foto: Wander Roberto/Inovafoto

O UFC Fight Night 61, realizado no último domingo (22) em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, apresentou uma novidade para os eventos realizados no Brasil: pela primeira vez um combate do Ultimate no país contou com a participação de uma árbitra brasileira. A responsável pela façanha foi Camila Albuquerque, de 30 anos de idade, que divide a função de mediar lutas de MMA com a profissão de veterinária.

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No evento, Camila foi responsável por arbitrar duas lutas: Cody Gibson x Douglas D’Silva e Marion Reneau x Jéssica Andrade. A cearense, que treina kung-fu há mais de dez anos e é faixa azul de jiu-jitsu, utilizou sua paixão pelas lutas como ponte para ingressar no MMA. Após lesionar seu joelho e ter de ficar um tempo de repouso, ela começou a arbitrar lutas a fim de se manter em contato com o esporte. “Comecei arbitrando em eventos locais. Depois que surgiu a Comissão Atlética Brasileira de MMA, o [Mário] Yamasaki começou a fazer cursos oficiais. Fiz um no Rio de Janeiro, foram dois dias inteiros. Do curso, ele me encaminhou para que eu me afiliasse à CABMMA”, disse Camila, em entrevista ao site “LANCE!Net”.

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No ano passado, ela teve a oportunidade de acompanhar de perto o trabalho feito no UFC, com o evento realizado em Uberlândia (MG), em novembro. “Me convidaram para fazer ‘sombra’, como estagiária, no UFC de Uberlândia. Um trabalho para que eu pudesse ver como funciona e tudo mais. Aí mandaram eu ficar no aguardo. Tinha 133 lutas na bagagem, hoje tenho 135 com as lutas que arbitrei em Porto Alegre no UFC. Eles avaliaram isso tudo e em janeiro recebi o convite da CABMMA para trabalhar no UFC. Achei que ia começar em eventos nacionais, mas logo de cara me colocaram no UFC. Foi uma surpresa”, revela.

Com tamanha bagagem no MMA e com algumas lutas do UFC em seu currículo, Camila sonha alto. Ela espera ganhar ainda mais espaço dentro do Ultimate para, quem sabe um dia, arbitrar uma luta de título, algo que nunca foi feito por uma mulher na maior organização de MMA do mundo. “Realizei o primeiro sonho da minha carreira, e agora quero um dia pegar uma disputa de cinturão de uma luta feminina. Seria uma realização imensa na minha vida. Se for uma luta da Ronda [Rousey] então… Seria um sonho”, completou.

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