Conor McGregor a caminho do Tribunal Superior de Dublin, na Irlanda. Foto: Reuters
Depois de oito dias de julgamento, o processo civil contra McGregor chegou às alegações finais nesta terça-feira (19). A estrela do UFC é acusada de estuprar e agredir Nikita Ni Lamhaim depois de uma festa em dezembro de 2018. Gregor responde ao processo junto à um amigo também réu, James Lawrence, no Tribunal Superior de Dublin, na Irlanda.
O julgamento deve ser retomado nesta quarta-feira (20), entrando no nono dia de procedimentos. O juiz responsável estimou cerca de duas semanas para os trabalhos.
De acordo com relatórios da Corte, McGregor prestou depoimentos em dois dias. Sempre negou culpa. Na primeira vez que testemunhou, disse emocionado que as alegações eram ‘mentirosas’. No segundo dia, o lutador foi interrogado pelo advogado da vítima, John Gordon. O réu admitiu o uso de cocaína durante as horas em torno do suposto crime, mas reafirmou que o sexo com a mulher foi consensual e sem planejamento prévio, apesar de ter reservado um quarto de hotel.
Os advogados falaram ao júri no último dia de alegações. O advogado de Conor McGregor, Remy Farrell, foi o primeiro e pediu ao júri para tomar uma decisão com base nas evidências, não em suas opiniões pessoais sobre o réu. Farrell também citou a memória irregular de Nikita sobre os eventos repetidas vezes.
O advogado da acusadora, John Gordon, reiterou a versão de sua cliente de que ela foi estuprada. Ele trouxe depoimentos de profissionais médicos. Uma paramédica contou que a cena na ambulância com a suposta vítima foi uma das piores que já viu.
Conor McGregor, ex-campeão dos pesos penas (até 65,7kg.) e leves (até 70,3kg.) do UFC, enfrenta um julgamento pelo crime de agressão sexual. As acusações contra o lutador vieram à tona em 2021, mas os detalhes do caso foram mantidos em sigilo até então.
A investigação policial, iniciada logo após a denúncia, tem como base o depoimento da mulher, que afirma que o astro do UFC e um amigo, James Lawrence, teriam forçado relação sexual contra sua vontade. A data do suposto crime, dezembro de 2018, coincide com um período turbulento na vida pessoal e profissional de McGregor.
