‘Reinventado’, Mir se mostra aberto a lutas com Lesnar e Minotauro e diz: ‘O céu é o limite’

Após nocautear Pezão, ex-campeão admite que pensou em aposentadoria e destaca importância do boxe em seu retorno

 

Mir (foto) voltou ao caminho das vitórias contra Pezão. Foto: Reprodução

Mir (foto) voltou ao caminho das vitórias contra Pezão. Foto: Reprodução

Frank Mir confia que o nocaute sobre Antônio Pezão, na luta principal do UFC Fight Night 61, em Porto Alegre (RS), é só o começo de seu ressurgimento na divisão dos pesados. O ex-campeão, que vinha de quatro derrotas seguidas, reencontrou o caminho das vitórias com um nocaute sobre o brasileiro, ainda no primeiro round.

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Em entrevista coletiva logo após a luta, Mir se mostrou otimista quanto ao seu futuro em curto e médio prazo na organização. “Acho que, com as habilidades que eu mostrei, o céu é o limite. Tenho grandes companheiros de treinos, grandes treinadores. Meus próximos adversários, sejam quem for, ranqueados ou não, com o cinturão ou não, devem ficar preocupados”, avisou.

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Mir contou que após sua mais recente derrota, em fevereiro de 2013, pensou seriamente em pendurar as luvas. “Depois da luta com Alistair Overeem, eu me encontrei com Lorenzo [Fertitta, sócio do UFC] e disse ‘já chega. Deixe-me trabalhar como comentarista ou algo do tipo’. Minha esposa deu risada e disse para eu tirar seis meses para descansar para que meu corpo se curasse. Eu fiz ioga e vi que várias mães de família estavam me dando um banho! Ali eu vi que minha condição física estava péssima”, contou.

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Assim, o norte-americano contou que, uma vez recuperado das lesões com as quais sofria, apostou em uma nova arma para ressurgir: o boxe. “Depois de um tempo, eu vi que me sentia muito bem. Um treinador me disse que eu estava me movimentando como eu fazia quando tinha 20 e poucos anos. A última peça do quebra-cabeças foi meu treinador de boxe, que me fez perceber que boxe é subutilizado no MMA, porque não temos tantos treinadores de boxe”, disse. “Este é um Frank Mir reinventado. Meu pai, que é cubano, diz que eu precisava usar mais meu jab, mas eu não estava fazendo isso. Comecei a estudar caras que tinham bons jabs, como [Oscar] de la Hoya, e vi que os melhores boxeadores têm os melhores jabs.”

Quanto aos seus próximos desafios no octógono, Mir se mostrou aberto a enfrentar novamente dois velhos conhecidos. “Se querem que eu lute de novo no Brasil, eu tenho muito respeito por [Minotauro] Nogueira. Se ele só tem uma luta pela frente e quer se aposentar me enfrentando, eu ficaria mais do que feliz em lhe dar isso. Seria uma ótima luta e faria com que as pessoas o vissem também. Ele é um guerreiro fenomenal, tenho total respeito por ele. Eu costumava o imitar quando era mais jovem, para tentar aprender como me tornar um lutador”, comentou. “E lutar com Brock Lesnar seria ótimo e colocaria meu nome nas alturas. Acho que um tira-teima entre nós seria fenomenal. Se ele decidir voltar, eu lhe daria as boas vindas. Eu acho que ele não gosta de levar muitos socos e eu estou aprendendo a dar socos fortes”, riu.

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