Na última semana, quatro grandes casos de atletas flagrados no antidoping (Anderson Silva, Nick Diaz, Jon Fitch e Hector Lombard) trouxeram novamente à tona a discussão das drogas no esporte. Além disso, um cenário de desconfiança se estabeleceu, colocando em dúvida até mesmo o comportamento de atletas que jamais testaram positivo. Foi o caso do peso leve do WSOF Andrew McInnes. Ao comentar o uso de substâncias ilegais para melhora de desempenho no MMA, o canadense fez graves acusações ao brasileiro Gleison Tibau, terceiro atleta com mais lutas na história do UFC.
“A única pessoa que é realmente um grande ‘bombado’ e possui longevidade no esporte é Gleison Tibau, e ele é uma rara exceção. Ele está no UFC por um longo tempo e é um caso claro de atleta que faz uso de drogas para aumento de performance (PEDs, em inglês). Eu te garanto, sua urina brilha no escuro. Eu já estive em cara academia neste planeta e ele é 100% um ‘bombado’. A única pessoa que eu posso te dizer com certeza que não usa doping é (o lutador do UFC e também canadense) Mitch Clark. Eu estou certo que há outros, mas são muito poucos”, declarou McInnes, em entrevista ao site norte-americano “Bloody Elbow”.
Em comunicado enviado ao SUPER LUTAS, Tibau respondeu às declarações de McInnes: “Sinceramente, não o conheço. Meu desconhecimento sobre ele é de cunho pessoal e profissional, pois nunca assisti ou ouvi falar de suas lutas. Assim, fui checar na internet sobre ele, e vi que tem pouco tempo de carreira no MMA. Em toda minha vida como lutador, eu fiz mais exames antidoping pelo UFC do que ele tem de lutas profissionais”, disse. “No total, são 43 lutas profissionais, e em nenhuma delas fui flagrado por doping ou fiquei acima do limite de peso da minha categoria, atualmente o peso-leve (com limite de peso até 70,3kg).”
O canadense, que encara Cody McKenzie nesta quinta-feira (12) no WSOF 18, também comentou o caso dos atletas que se tornam porta vozes do combate ao uso de doping e citou o recente caso de Jon Fitch, que foi flagrado recentemente após anos sendo um dos maior críticos de tal prática, para justificar sua descrença em tal tipo de engajamento. “É tudo mer**. Veja só o Jon Fitch. Ele diz que é um vegano, e o tempo todo em que vinha dizendo isto ele tinha uma agulha pendurada no seu traseiro. Todo mundo está dopado, e todos aqueles que ficam por aí falando a mesma coisa sobre isso em público estão falando mer**… Exceto eu”, completou.
Aos 31 anos, Gleison Tibau possui um cartel profissional de 31 vitórias e dez derrotas. Atualmente, o brasileiro é, ao lado de Randy Couture, o terceiro atleta com o maior número de lutas na história do Ultimate, com 24 aparições no octógono. Tibau, porém, já tem data marcada para subir para o segundo lugar no ranking, já que enfrenta Tony Ferguson no próximo dia 28 de fevereiro, em Los Angeles, no UFC 184.