Em busca de um recomeço em sua carreira, Caio ‘Bigfoot’ Machado se prepara para sua estreia na categoria dos meio-pesados (até 93kg.) no UFC Edmonton, evento realizado neste sábado (2).
Em entrevista exclusiva ao SUPER LUTAS, o lutador paulista revelou detalhes de sua preparação e expectativas para o combate contra Brendson Ribeiro, além de comentar sobre as recentes mudanças nas regras do MMA.
Mudança de categoria
Depois de vivenciar todas as 12 lutas da carreira na categoria mais pesada do MMA, ‘Bigfoot’ faz sua estreia nos meio-pesados (até 93 kg.). Apesar do novo desafio, o lutador afirmou que a decisão já era antiga e trouxe melhorias a sua performance.
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“Desde antes de entrar no UFC queria mudar de categoria. Sempre achei que meu corpo se responderia bem. Antes eu até estava lutando um pouco mais leve, e foi quando tive minhas melhores performances. Meu corpo respondeu bem, foi só uma mudança de dieta, intensidade nos treinos. Mas em termos de como perdi, de saúde, foi muito bom”, garantiu.
Alteração na regra
O UFC Edmonton será o primeiro evento a acontecer depois da última mudança significativa nas Regras Unificadas do MMA. Depois de ser proibida por anos, a cotovelada ’12-6’ será completamente permitida. Além disso, existe uma nova definição do que é um indivíduo ‘gounded’, sendo é possível dar joelhadas na cabeça do adversário desde que ele não esteja apoiando o peso do corpo nos braços, cotovelos ou joelhos.
Sobre as alterações, Machado disse não enxergar uma transformação no que diz respeito às cotoveladas, mas se disse feliz com a maior permissibilidade para golpes com o joelho.
“Entre as mudanças de regra, a ajoelhada é bem mais eficiente que a questão da cotovelada ‘12-6’, até porque acho que existem outras cotoveladas mais perigosas. Não vejo sendo um movimento que gere mais potência. Já a questão da joelhada com o adversário com as mãos no cage, acho que vai ser uma coisa muito mais usada, mais útil”, declarou.
Psicológico
Tanto Caio Machado quanto Brendson Ribeiro vivem momentos complicados no UFC. Ambos conquistaram a vaga na organização via Dana White Contender Series, realizaram dois combates cada um, mas ainda não conseguiram a primeira vitória. Por mais que o cenário desfavorável possa trazer uma pressão extra, o paulista garantiu não se sentir abalado pelas circunstâncias.
“Toda luta é luta da vida. No MMA, ou você ganha ou você ganha, então desde a minha primeira luta eu venho com a mentalidade de que eu tenho que ganhar ou eu não vou conseguir meus objetivos. Para ser um atleta de alto nível, tem que ser diferenciado mentalmente. O esporte profissional, não é para qualquer um, é para quem aguenta pancada e aguenta pressão”, disse.
Expectativa para o combate
Em meio a todas essas circunstâncias, o atleta garantiu ter feito um ótimo camp de treinamento e afirmou que conseguirá uma grande vitória no próximo final de semana, possivelmente na via rápida.
“Foi um dos melhores camps da minha vida se não o melhor. Recentemente saí de Vancouver, no Canadá, e voltei para minha cidade de natal, com a equipe onde eu comecei a treinar, então estou feliz aqui. Estar perto da família ajudou bastante também. Estou vindo para a melhor luta da minha. O Brendson é um cara que gosta de acabar com a luta, mas até agora caras maiores não conseguiram me derrubar, então não vejo ele fazendo isso. Ele vai se frustrar, cansar e uma hora vai dar a brecha. Se eu não nocautear, vou levar essa luta na decisão. Independentemente da maneira, a luta vai ser minha”, concluiu.
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