Nos últimos dias, uma velha rivalidade voltou a ganhar os bastidores do MMA com a proximidade do UFC 308 deste sábado (26), em Abu Dhabi. Tudo porque o próximo desafiante ao cinturão dos meio-pesados (até 93kg.), hoje com Alex Poatan, pode ser definido com o vencedor da luta entre Magomed Ankalaev e Aleksandar Rakic, que acontece no card principal do evento. Não é de hoje que o russo dispara provocações, sempre acusando o brasileiro de fugir do confronto e que ele é protegido por Dana White.
Mas as coisas não são bem do jeito que Ankalaev fala. Em entrevista ao podcast do YouTube MMA Hoje, Alex Poatan revelou que, na verdade, chegou a pedir uma luta contra o russo e que quem não aceitou foi ele.
“Quando eu fico quieto e eles pensam que eu tô correndo da luta, aí eles podem falar o que eles quiserem, porque eu não falei nada ainda. Mas a partir do momento que eu venho aqui e falo que já pedi a luta… o Ankalaev correu uma vez dizendo que era por causa do jejum dele lá (jejum muçulmano ou jejum do Ramadã), então o cara aproveita pra falar que eu tô com medo e jogar a responsabilidade pra cima de mim e tirar essa responsabilidade deles”, disse Poatan.
O brasileiro voltou a reforçar que as lutas de Ankalaev são chatas e que, se a abordagem fosse diferente, poderia até ajudar o russo para que o confronto realmente acontecesse.
“Eles sabem que as lutas são chatas, não sou eu que estou falando, todo mundo sabe disso. Mas ao invés de ele pedir ajuda ‘pô cara, ajuda eu aí, eu faço uma luta boa com você, vou me esforçar ao máximo…’, mas não. Eles preferem jogar pra cima de mim e falar que eu tô com medo. Pô, por que não perguntam pro Dana?”, acrescentou o brasileiro.
Contra Rakic, Ankalaev precisa vencer e convencer. O russo revelou que Dana White impôs que ele demonstre uma performance impecável diante do adversário no UFC 308 para garantir a oportunidade de desafiar Poatan pelo cinturão.
Durante o podcast, Alex Poatan disse que deve voltar à rotina do UFC a partir do meio de janeiro do ano que vem. Ele foi perguntado, caso aconteça, se prefere descer para a categoria dos médios (até 83,9kg.) ou subir para os pesados (até 120,2kg.).
“Pesado é mais perto pra mim. Médio é mais complicado. Sou pesado, mas não muito leve, então pra subir é mais rápido do que corte de peso. Eu mantenho um peso de 103 kg, então subir mais uns 5 kg, ir para 108 kg, no máximo 110 kg, vai ficar bom, não estou longe. Quero estar pesado, mas não tanto pra continuar ágil”, concluiu.