Um dos nomes mais promissores do MMA mundial, Khamzat Chimaev tem visto sua ascensão meteórica no UFC marcada por constantes interrupções. Os problemas de saúde, em especial as sequelas da Covid-19, têm sido um pesadelo para o lutador, colocando em dúvida sua capacidade de manter o ritmo frenético que o caracterizou nos primeiros anos de carreira. Agora, ele tem tudo agendado e preparado para enfrentar Robert Whittaker no UFC 308 deste sábado (26), mas a incerteza ainda persiste.
A infecção pelo novo coronavírus, contraída em 2020, deixou marcas profundas em Chimaev. A tosse persistente, a fadiga crônica e a baixa imunidade transformaram o lutador em um verdadeiro ‘quebra-cabeça médico’.
O sueco revelou ter chegado a acreditar que estava com câncer, tamanha a intensidade dos sintomas.
“Nos últimos estágios da minha recuperação, eu pensei que poderia ter algo mais sério”, confessou Chimaev ao ‘RT Sport’.
Além dos problemas respiratórios, o lutador também enfrentou dificuldades para controlar o peso, o que resultou em lutas canceladas – uma, inclusive, contra Nate Diaz depois da pesagem — e uma perda considerável de condicionamento físico. A intensa rotina de treinos, marcada por um ritmo frenético e pouco descanso, agravou ainda mais o quadro clínico de Chimaev, levando-o a ser hospitalizado em diversas ocasiões.
A luta contra Robert Whittaker, marcada para o UFC Arábia Saudita, seria mais um capítulo na saga de superação do sueco. No entanto, uma nova lesão, desta vez a menos de dez dias do evento, frustrou os planos de Khamzat e de seus fãs. A luta foi remarcada e tem tudo para acontecer. O sueco, inclusive, foi o último a bater o peso nas aferições desta sexta-feira (25).
Consciente dos desafios que enfrenta, Chimaev afirma ter mudado sua abordagem em relação aos treinamentos. A ideia é encontrar um equilíbrio entre o treinamento intenso e a necessidade de cuidar da saúde física e mental.
“Agora eles (treinadores) me deixam descansar e me recuperar adequadamente”, disse o sueco.