Maguila, lenda do boxe brasileiro, morre aos 66 anos. Foto: Reprodução/Instagram
A partida de José Adilson Rodrigues dos Santos, o lendário Maguila, aos 66 anos, deixou uma profunda marca no mundo do boxe. Aos socos que marcaram sua trajetória vitoriosa, somou-se um adversário silencioso e implacável: a encefalopatia traumática crônica (ETC). A doença, diagnosticada há 11 anos, foi a causa da morte do ex-campeão dos pesos pesados.
A ETC, também conhecida como ‘demência pugilística’, é uma condição neurodegenerativa causada por repetidas lesões na cabeça. O boxe, esporte em que os golpes são a essência da disputa, torna seus praticantes especialmente vulneráveis a essa enfermidade.
Os primeiros casos da doença foram identificados em boxeadores ainda nos anos 1920, mas a ETC também acomete atletas de outros esportes de contato, como o futebol americano, e até mesmo militares que vivenciaram explosões.
A progressão da ETC é insidiosa, com sintomas que podem se manifestar de forma gradual e sutil. Alterações de humor, como irritabilidade e depressão, são comuns.
O comportamento também pode ser afetado, com a pessoa tornando-se impulsiva ou agressiva. Além disso, a doença pode causar dificuldades cognitivas, como problemas de memória e concentração, e afetar as habilidades motoras.
Apesar dos avanços da medicina, ainda não existe cura para a ETC. O tratamento é focado em controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. Medicamentos, terapia ocupacional e acompanhamento psicológico são algumas das ferramentas utilizadas.
Além disso, é fundamental criar um ambiente seguro e estimulante para o paciente, com atividades que promovam a socialização e o bem-estar.
