O Brasil contará com diversos representantes no octógono no UFC 308, neste sábado (26). Entre os atletas oriundos da nação, está Victor ‘Striker’ Hugo, peso galo (até 61,2 kg.) que faz sua 30ª luta profissional contra o invicto Farid Basharat no card preliminar. Representante da Astra Fight Team, o goiano deu detalhes da preparação e suas expectativas para o combate em entrevista exclusiva ao SUPER LUTAS.
Prestes a enfrentar mais um grande oponente em sua caminhada rumo ao topo de uma das divisões mais equilibradas do UFC, o brasileiro garantiu que mesmo se tratando de uma luta importante, a preparação foi basicamente a mesma.
“Não mudou nada. Temos um padrão de preparação, então a gente focou bastante nas falhas dele, muito também na parte física. E na dieta, alimentação, tudo. Vamos para cima. Foi basicamente isso, não mudamos nada não. Só pegamos as falhas, os pontos positivos dele pra trabalhar em cima, os negativos também, assim como todo mundo faz. Meu camp foi muito bom. Treinamos certinho, sem lesão, sem nada. Conseguimos treinar forte, ter uns sparings”, disse.
O brasileiro fará a terceira luta do card, realizado em Abu Dhabi. Apesar de não ser a primeira vez do atleta no país, ele confessou existência de algumas dificuldades trazidas pelo fuso horário local, sete horas a mais em relação a Balneário Camboriú, cidade onde ele treina.
“Já conheci Abu Dhabi. Estava aqui uns três meses atrás, mas cheguei na terça-feira (22). Comecei a adaptar hoje, porque às vezes você não quer dormir mas tem que se obrigar a dormir pra ocorrer tudo certinho, para estar descansado na hora da luta. É uma questão de timing. Mas, como todo mundo sabe, o fuso horário é difícil. Você tem que lutar contra isso e fazer o que tem que fazer, senão ele te pega”, afirmou.
Apesar de viver a melhor fase da carreira, com 14 vitórias seguidas e sem conhecer derrotas há uma década, Victor é ligeiramente azarão para o combate deste final de semana. O motivo pode ser pelo histórico do adversário. Basharat está invicto em 12 lutas profissionais e possui três triunfos na organização.
Apesar disso, o brasileiro se mostrou muito confiante e contente pela oportunidade de se tornar o primeiro lutador a vencer o afegão.
“Isso é muito bom. O cara nunca perdeu, vai perder agora sábado. Acho isso ótimo, vou ser a primeira derrota dele. Acho isso muito bom, porque é um cara duro, tá vindo de 12 lutas, 12 vitórias, já tem algumas passagens ali pela organização, então pra mim vai ser muito bom”, disse o goiano.
Com mais de 13 anos como atleta profissional, o peso galo (até 61, 2kg.) disse enxergar brechas no estilo de luta do adversário que podem ajuda-lo a chegar à vitória. Para ele, é fundamental abordar a peleja com agressividade, para ter o braço erguido sem a necessidade da decisão dos juízes laterais.
“Na minha cabeça, vou finalizar ele. A verdade é essa. Porque vou pra cima. Se eu derrubar, vou ficar por cima e finalizar. Caso ele consiga o milagre de me derrubar pelo menos uma vez, eu vou finalizar ele do mesmo jeito por baixo, meu chão por baixo é muito agressivo. Não quero deixar para decisão. Sabe como é, Casa do adversário… Eu não quero levar isso pros pontos, não”, concluiu.