Na luta entre Francis Ngannou e Renan Problema, válida pelo cinturão dos pesos pesados (até 120,2 kg) da PFL, realizada neste sábado (19), na Arábia Saudita, havia muita expectativa sobre quem cairia primeiro. Por conta do poder de nocaute dos atletas, fãs e especialistas esperavam uma luta rápida, e ela realmente foi, porém de uma forma diferente do que muitos imaginavam.
Conhecido por produzir grandes nocautes em pé, o camaronês se reinventou e entrou com uma estratégia incomum ao seu estilo. Embora a luta não tenha sido a guerra de trocação que muitos esperavam, em coletiva pós-luta, Ngannou afirmou que sabia ser um lutador mais completo do que o de ‘Problema’ e escolheu o caminho de menor resistência para garantir a vitória.
“Eu poderia ter tentado ficar na trocação e ver quem é melhor no boxe. Mas, no fim das contas, o que importa é a vitória. Embora ele tenha um bom jiu-jitsu, eu sabia que meu wrestling era bom o suficiente para controlar o jiu-jitsu dele e sua posição no solo, se eu estivesse por cima”, contou Francis.
Não foi a primeira vez que o ‘Predador’ abandonou seus instintos e utilizou seus recursos da luta agarrada para conseguir uma vitória. Em sua luta de MMA anterior, o camaronês, depois de estar em desvantagem nos dois rounds iniciais, investiu nas quedas de wrestling e inibiu as ações de Ciryl Gane para ‘virar’ a luta, vencer na decisão unânime dos juízes e manter o cinturão dos pesados (até 120,2 kg) do UFC.