Oito ex-adversários de Anderson Silva já foram pegos no antidoping. Relembre os casos!

Sonnen, Belfort e Bonnar já foram flagrados em exames antidoping. Foto: Produção SUPER LUTAS (Divulgação/UFC)

Na noite desta terca-feira, 03, uma noticia caiu como uma bomba sobre o mundo do esporte: Anderson Silva, ex-campeão do UFC e maior ídolo do MMA brasileiro, havia sido flagrado em um exame antidoping pelo uso de esteroides anabolizantes. Anderson ainda aguarda a contraprova do exame para confirmar o resultado, mas já tem seu julgamento marcado para o dia 17 de janeiro em audiência junto a Comissão Atlética de Nevada – que regulamentou o combate contra Nick Diaz no UFC 183, que marcou sua volta ao octógono.

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Apesar do choque com a notícia, casos assim não são novidade no esporte e muitas vezes acabam acontecendo com atletas renomados. Antes do Spider, por exemplo, sete atletas que dividiram o octógono com ele no Ultimate já haviam sido flagrados em exames antidoping. Por isso, o SUPER LUTAS listou os ex-adversários de Anderson que já foram pegos pelo uso de substâncias ilegais.

Chael Sonnen

Sonnen (dir.) foi flagrado após sua primeira derrota para A. Silva. Foto: Josh Hedges/UFC

Sonnen não só foi flagrado no exame antidoping, como o fez logo após a primeira luta contra Anderson Silva, a maior atuação de sua carreira – quando dominou o brasileiro por mais de 20 minutos, antes de ser finalizado na metade do quinto assalto. Depois do duelo, foi revelado que Sonnen estava com seu nível de testosterona nada menos do que 14 vezes acima do permitido.

Já em 2014, Sonnen voltou a ser pego, desta vez em um exame antidoping surpresa realizado enquanto ele se preparava para a luta contra Wanderlei Silva, que marcaria o duelo dos técnicos do TUF Brasil 3. Sonnen falhou não só uma uma, mas duas vezes em testes distintos e, após um longo processo e sua suspensão de dois anos por parte da Comissão Atlética de Nevada, resolveu se aposentar oficialmente do MMA.

Vitor Belfort

Vitor (dir.) teve dois casos na carreira, um antes e um depois de enfrentar Anderson. Foto: josh Hedges/UFC

O brasileiro Vitor Belfort é outro atleta a ter dois episódios envolvendo exames antidoping em sua carreira. Em 2006, após fazer uma luta pelo extinto evento japonês PRIDE, Vitor foi flagrado em um teste pelo uso substância ilegal 4-hidroxitestosterona. Na época, o brasileiro se disse inocente e atribuiu o resultado a injeções que vinha tomando, sob recomendação de um endocrinologista, para se recuperar de uma cirurgia no joelho. Mesmo com a justificativa apresentada, Belfort foi declarado culpado, suspenso pela Comissão Atlética de Nevada e multado pela entidade.

Já no início de 2014, enquanto se preparava para enfrentar Chris Weidman pelo cinturão dos médios, Vitor foi flagrado em um exame surpresa com nível de testosterona acima do permitido. Por isso, além de seu corte da disputa do título, e posterior substituição pelo compatriota Lyoto Machida, Belfort voltou a enfrentar um novo julgamento da Comissão Atlética de Nevada. O caso culminou na proibição do Tratamento de Reposição de Testosterona (TRT) no MMA.

Chris Leben

C. Leben (esq.) foi o primeiro adversário do Spider no UFC. Foto: Divulgação

Derrotado por Anderson Silva na estreia do Spider no octógono, o veterano do TUF 1 Chris Leben foi outro atleta a ser flagrado em testes antidrogas pelo uso de substâncias ilegais. Em 2008, o norte-americano foi suspenso por nove meses pela organização do Ultimate por testar positivo para o esteroide stanozolol no exame antidoping realizado antes do UFC 89.

Em 2011, após ser derrotado para Mark Muñoz no UFC 138, Leben voltou a testar positivo, desta vez para oxicodona e oximorfona. Como punição, The Crippler, como é conhecido, recebeu uma suspensão maior, de um ano, e foi multado em parte de sua bolsa de pagamento.

Nick Diaz

N. Diaz (dir.) já foi flagrado três vezes pelo uso de maconha. Foto: Josh Hedges/UFC

Último adversário de Anderson Silva, Nick Diaz é o que se pode chamar de “frequentador recorrente” dos resultados positivos em antidopings. Também flagrado na luta contra o Spider, Nick caiu pela terceira vez pelo uso de maconha. As outras duas foram em 2007, quando enfrentou Takanori Gomi no PRIDE, e em 2012, quando enfrentou Carlos Condit pelo cinturão interino do UFC, curiosamente, em ambos os casos, também no mês de fevereiro.

Usuário de maconha confesso, Nick Diaz possui autorização legal para fazer uso da substância em seu estado-natal, Califórnia. O que parece, porém, é que o lutador não liga para a regulamentação desportiva, que proíbe o uso de drogas recreativas no período de competição, embora não faça qualquer tipo de restrição fora deste intervalo.

James Irvin

J. Irvin (dir.) foi pego pelo uso de duas substâncias ligadas a remédios contra dor. Foto: Divulgação

Em 2008, na tentativa de combater o primeiro evento em pay-per-view da organização rival “Affliction”, o Ultimate promoveu de última hora uma edição do UFC Fight Night. O escolhido para encabeçar o evento foi o então campeão dos médios Anderson Silva. Porém, Anderson subiu de categoria para enfrentar James irvin, que vinha de duas vitórias consecutivas na divisão de meio-pesados.

Anderson se saiu muito bem, apesar da mudança de categoria, e nocauteou Irvin ainda no primeiro assalto, após segurar um chute do rival e golpeá-lo logo em seguida. Surpresa maior ainda veio com o resultado do exame antidoping, quando foi anunciado que Irvin havia sido flagrado pelo uso de metadona e oximorfona.

Nate Marquardt

N. Marquardt (dir.) se recuperou após ser pego no antidoping e disputou o cinturão contra A. Silva. Foto: Divulgação

Primeiro desafiante de Anderson Silva, quando o brasileiro ainda era campeão dos médios, Nate Marquardt chegou à disputa de cinturão após superar um episódio de doping logo em sua estreia no Ultimate.

Já bastante experiente e com uma longa experiência no evento japonês Pancrase, do qual chegou a ser campeão, Marquardt enfrentou o canadense Ivan Salaverry em 2005 na sua primeira luta no octógono. Marquardt não teve problemas para vencer o combate, mas foi flagrado pelo uso de nandrolona no exame antidoping.

Além de uma multa, Marquardt recebeu foi suspenso e só voltou a atuar um ano depois. Porém, com mais três vitórias seguidas, apesar dos problemas com substâncias ilegais, o norte-americano se credenciou a desafiar o Spider em 2007. Na luta, Anderson venceu por nocaute técnico ainda no primeiro assalto.

Stephan Bonnar

S. Bonnar (dir.) foi pego pelo uso de esteroides anabolizantes após o UFC Rio 3. Foto: Josh Hedges/UFC

Mais um caso de atleta flagrado no exame antidoping após enfrentar Anderson Silva. Assim como o Spider, Bonnar foi convocado de última hora para ocupar o posto de luta principal do UFC Rio 3, em 2012, que havia ficado vago após o cancelamento de José Aldo x Frankie Edgar.

Mais uma vez, Anderson subiu de categoria e, novamente como peso meio-pesado, não teve dificuldades para bater Stephan Bonnar, nocauteado ainda no primeiro round. Após o duelo, o finalista do TUF 1 foi flagrado no exame antidoping pelo uso de Drostanolona, um esteroide anabolizante.

Forrest Griffin

Griffin (esq.) revelou uso de substâncias ilegais contra Anderson somente anos depois. Foto: Divulgação/UFC

O último caso da nossa lista, na verdade, não é de um atleta que foi pego no antidoping – embora ele devesse ter sido. Mas justamente de um lutador que confessou ter feito uso de substâncias ilegais antes de enfrentar Anderson Silva, mas que misteriosamente passou ileso pelos exames realizados para a luta.

Todos se lembram da segunda vez em que Anderson Silva subiu de categoria e simplesmente humilhou o campeão do TUF 1 e ex-campeão dos meio-pesados Forrest Griffin, com uma das sequências de esquivas e contragolpes mais fulminantes da história. Envergonhado após a derrota, Grifin até se retirou do octógono, correndo para o vestiário, logo após a interrupção do árbitro central.

Anos depois, todavia, Griffin ainda contou mais detalhes sobre o dia em que foi derrotado por Anderson. Segundo o lutador, ele havia feito uso do relaxante “Xanax” no dia anterior ao combate, sem avisar para ninguém do UFC ou da Comissão Atlética. Muito nervoso na época, Forrest disse que já estava preparado para lidar com as consequências do uso não autorizado de uma substância proibida, mas se surpreendeu quando seu nome não apareceu na lista de atletas flagrados no antidoping.

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