C. Cyborg é a única mulher no mundo a conquistar cinturões nas principais organizações de MMA no mundo. Foto: Reprodução/Instagram
Em quase 20 anos atuando profissionalmente, Cris Cyborg é um dos nomes mais importantes e temidos da história do MMA feminino. E essa carreira pode se tornar ainda mais vitoriosa neste sábado (19), pois ela enfrenta Larissa Pacheco na luta co-principal do PFL: Battle of Giants, na Arábia Saudita, com transmissão do SUPER LUTAS.
O confronto vale o cinturão ‘Superfight’ da organização e traz as duas melhores atletas fora do UFC. Para Larissa Pacheco, bicampeã da PFL, o combate tem o potencial de transformá-la numa estrela. Já para Cyborg, a vitória representa a conclusão de um legado extraordinário, construído de forma independente e com poucas ligações ao maior evento de MMA do mundo.
Desde a inclusão das mulheres no UFC, em 2013, Cyborg e Dana White viveram uma desavença pública, que durou anos. Apesar do sucesso da lutadora na categoria peso pena (até 65,7 kg.), o Ultimate não criou a divisão e inicialmente manteve apenas o peso galo (até 61,2 kg.), promovendo a estrela de Ronda Rousey.
Os problemas de relacionamento com Dana White geraram um efeito interessante para a brasileira. Sempre se apresentando em eventos rivais do UFC, ela acabou faturando títulos em todos eles. Ao todo, Cris Cyborg foi campeã do Strikeforce, Invicta e Bellator.
No entanto, a atleta também conquistou o cinturão do próprio Ultimate, durante sua curta passagem pela organização entre 2016 e 2019. Na época, ela venceu Holly Holm na recém-inaugurada categoria peso pena (até 65,7 kg.) e posteriormente foi nocauteada por Amanda Nunes.
Cris Cyborg defendeu o UFC entre 2016 e 2019.. Foto: Reprodução / Facebook ufc
Apesar da expectativa por uma revanche, a segunda luta nunca aconteceu. Além disso, Cyborg foi demitida depois de uma nova série de desentendimentos com Dana White. Desde então, o careca evita falar sobre a lutadora. Com a aposentadoria de Amanda Nunes em 2023, a categoria peso pena (até 65,7 kg.) foi encerrada.
A trajetória da curitibana é algo sem precedentes no esporte. Poucos atletas conseguiram alcançar este nível de dominância ao longo de tanto tempo. Em 2025, Cyborg completará duas décadas como lutadora profissional. Até o momento, ela só foi derrotada duas vezes em 29 combates.
A atleta chegou a afirmar que irá encerrar a carreira após o fim de seu contrato com a PFL, que tem duração de apenas três combates. Aos 39 anos e com quatro cinturões, é difícil encontrar novos desafios, principalmente se o quinto título for conquistado neste final de semana.
