A revolta de Dana White com a maneira como os rankings do UFC são administrados parece ter chegado a um ponto sem volta. Dias após detonar o fato de Khalil Rountree permanecer apenas na oitava colocação dos meio-pesados (até 93 kg) após grande atuação na derrota para o campeão Alex Poatan, o presidente do Ultimate prometeu mudanças drásticas.
Em entrevista coletiva concedida após a última edição do Contender Series, na última terça-feira (15), Dana White desabafou e garantiu que em breve os rankings não serão mais definidos por jornalistas especializados, como tem sido feito nos últimos 11 anos.
“Eu não consigo lidar com incompetência. Não aguento mais. Está me deixando louco. Não posso mais permitir que pessoas que eu acredito que não saibam que m**** estão fazendo lidem com o ranking. Não posso mais. Tenho que arrumar uma solução. Amanhã terei uma reunião com um grupo de pessoas que chegaram até mim dizendo ter uma solução para esse problema. Espero que eles estejam certos, porque eu vou mudar. A imprensa não vai mais controlar os rankings do UFC”, garantiu Dana.
Apesar da revolta, Dana White não acredita na máxima de que ‘se não está gostando, faça você mesmo’. Na opinião do presidente, seria inviável que ele ou qualquer outro dos funcionários de alto escalão do UFC ficassem responsáveis pelos rankings.
“Nós não podemos fazer isso. Não acho que seja certo que nós sejamos responsáveis pelos rankings. Não importa o quão imparcial você tente ser, é impossível. Sendo sincero com você, há lutadores dos quais eu não gosto. Há lutadores dos quais eu gosto muito. Há coisas que não são boas para os negócios. Não quero isso em nossas mãos. Nem nas minhas, nem nas de Sean Shelby, Mick, Hunter, de ninguém. Tem que haver uma terceira parte ou uma inteligência artificial ou algo que faça esses rankings. É impossível não ser parcial. Acredito que haja parcialidade com a imprensa também”, explicou.