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ESPECIAL: O UFC 183 além de Anderson Silva para os torcedores brasileiros

Pitbull, Leites, Lineker e Brandão: membros da legião brasileira do UFC 183. Foto: Produção SUPER LUTAS (Divulgação/UFC)

Pitbull, Leites, Lineker e Brandão: membros da legião brasileira do UFC 183. Foto: Produção SUPER LUTAS (Divulgação/UFC)

Neste sábado (31), os olhos da torcida brasileira estarão voltados ao tão aguardado de retorno de Anderson Silva ao octógono. O brasileiro, ex-campeão mundial dos médios, fará sua primeira luta desde a grave fratura que sofreu na perna, em dezembro de 2013. Seu adversário será o norte-americano Nick Diaz, ex-campeão dos meio-médios do Strikeforce e que não costuma se intimidar com seus oponentes.

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Porém, para os atletas brasileiros, o UFC 183 vai muito além da presença de Anderson. O evento, que será em Las Vegas (EUA), contará com uma verdadeira legião de lutadores do país, com oito atletas tupiniquins fazendo lutas importantes no octógono.

A lista de brasileiros vai de ex-desafiantes pelo cinturão, inclui atletas que estão de olho na oportunidade de disputar o título e também aqueles que lutam contra uma possível demissão. Por isso, o SUPER LUTAS faz uma breve apresentação deste sete brasileiros que subirão no octógono instantes antes do retorno de Anderson Silva.

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Thales Leites

Leites (foto) vem de quatro vitórias seguidas no UFC. Foto: Divulgação/UFC

O carioca Thales Leitas já teve a ingrata missão de dividir o octógono com Anderson Silva. Isso aconteceu em abril de 2009, no UFC 97, quando a cria da academia Nova União desafiou o então campeão pelo cinturão dos médios após conquistar cinco vitórias consecutivas. O combate não aconteceu como ele esperava: apático, Leites não ofereceu perigos ao campeão e acabou derrotado na decisão unânime dos juízes, em luta morna.

O combate serviu como divisor de águas para a carreira de Thales. Depois de lutar pelo título, o atleta acabou sofrendo nova derrota, para Alessio Sakara, o que acabou resultando em sua demissão do UFC. Ali, iniciava-se uma jornada que levou sete lutas e quatro anos rumo ao seu retorno à maior organização de MMA do mundo.

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Desde que voltou ao UFC, Leites vem apresentando um desempenho irretocável, conquistando quatro vitórias dominantes. No sábado, ele tentará a quinta diante do duro Tim Boetsch, o que poderá colocá-lo ainda mais próximo do sonho de ganhar uma nova chance de lutar pelo título.

Thiago Pitbull

Pitbull (foto) fez sua última luta em abril de 2014. Foto: Divulgação/UFC

Este é outro veterano do MMA que já tem longa carreira no UFC. O cearense radicado nos Estados Unidos Thiago Alves, ou Pitbull, como é conhecido, é um dos brasileiros com mais tempo de casa no Ultimate, lutando pela organização desde 2005. Neste período, Pitbull viveu verdadeiros momentos de altos e baixos, sendo que agora ele batalha para conseguir regularidade no UFC aos 31 anos de idade.

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Sua melhor fase até o momento se passou entre os anos de 2006 e 2008, quando chegou a acumular sete vitórias seguidas, incluindo um nocaute sobre o ex-campeão Matt Hughes e uma performance dominante contra o duro Josh Koscheck. Os resultados lhe renderam a chance de lutar pelo cinturão dos meio-médios, o que aconteceu no histórico evento UFC 100, em julho de 2009.

Na ocasião, Pitbull não conseguiu soltar seu poderoso jogo na trocação e acabou dominado pelo então campeão, Georges St. Pierre. Desde então, o brasileiro não consegue repetir os resultados da fase áurea, alternando vitórias e derrotas. Para piorar, ele luta contra um longo período de lesões, sendo que, de 2012 para cá, subiu no octógono somente uma vez.

No UFC 183, contra Jordan Mein, Pitbull espera voltar a por em prática seu afiado muay thai e retomar o caminho de sucesso no UFC, conquistando sua segunda vitória em sequência – algo que não consegue ter desde 2008.

John Lineker

Lineker (foto) tem histórico conturbado com a balança do UFC. Foto: Josh Hedges/UFC

Atualmente, o paranaense John Lineker divide com Jussier Formiga o posto de grande destaque brasileiro na recém-criada divisão dos moscas (até 57 kg). O “Mãos de Pedra”, que tem cinco vitórias em sete lutas no UFC, espera se tornar o primeiro atleta do Brasil a disputar o cinturão da categoria, o que poderá ficar muito perto de acontecer caso vença Ian McCall no UFC 183.

Porém, antes de pensar em derrotar o norte-americano, Lineker precisa se livrar de vez de um outro fantasma: a balança. Isso porque o brasileiro já ficou acima do peso limite de sua categoria por três vezes no UFC, sendo que em outras teve evidentes dificuldades para cortar os gramas restantes. Caso novamente extrapole o peso, Lineker pode ver o sonho de lutar pelo cinturão se afastar cada vez mais, mesmo em caso de vitória sobre McCall.

Dentro do octógono, no entanto, Lineker é garantia de espetáculo. Seu estilo de luta, mais “plantado”, com poucas movimentações e excesso de golpes contundentes, o diferencia de grande parte dos demais atletas dos moscas, sendo que suas mãos já fizeram várias vítimas no octógono. A missão contra o duro McCall não é fácil, mas vale ficar de olho nos golpes poderosos do brasileiro, de 24 anos de idade.

Rafael Sapo

Sapo (foto) enfrentará T. Boetsch. Foto: Divulgação/UFC

De todos os brasileiros que participarão do UFC 183, o mineiro Rafael Sapo é talvez o que passe pelo momento mais delicado. O peso médio, de 32 anos, sofreu duas derrotas nas últimas três lutas, sendo nocauteado pelo top-10 Tim Kennedy e sucumbindo na decisão diante de Ed Herman. A vitória apertada sobre Chris Camozzi, em seu último combate, o fez respirar, mas é inegável que Sapo ainda vive um momento de pressão.

Faixa preta de jiu-jitsu de Vinícius Draculino, Sapo naturalmente tem as principais armas de seu jogo na luta de solo. No UFC, seu histórico é de seis vitórias, quatro derrotas e um empate. Contra Tom Watson, Sapo espera se livrar de vez da possibilidade de demissão e retomar o caminho rumo ao top-15 do UFC.

Diego Brandão

D. Brandão (foto) foi o campeão do TUF 14. Foto: Josh Hedges/UFC

O cearense Diego Brandão, de 27 anos, tem como grande feito em sua carreira o fato de ser até hoje o único brasileiro a se sagrar campeão de uma edição estrangeira do reality show The Ultimate Fighter. A conquista veio em 2011, quando o atleta da Jackson’s MMA (onde treinam nomes como Jon Jones e Alistair Overeem) conquistou o título da 14ª temporada ao finalizar Dennis Bermudez na final.

Contudo, como atleta contratado do UFC, a carreira de Brandão ainda não decolou. Na luta seguinte à conquista do TUF 14, perdeu para Darren Elkins na decisão dos juízes; depois, emendou três vitórias seguidas, batendo Joey Gambino, Pablo Garza e Daniel Piñeda. Em seus últimos dois combates, no entanto, enfrentou atletas de ponta da divisão dos penas, Dustin Poirier e Conor McGregor, e acabou nocauteado em ambas as vezes.

Desta vez, Brandão enfrentará Jimy Hettes, um oponente que se encontra em mesma situação no UFC. O vencedor deverá respirar e sonhar com lutas maiores, enquanto que quem perder ficará em situação difícil.

Rick Monstro

Monstro (foto) durante a pesagem em SP. Foto: Lucas Carrano/SUPER LUTAS

Mesmo que esta seja a segunda aparição Rick Monstro no octógono, pode-se dizer que o atleta fará sua estreia no UFC. Isso porque sua primeira luta, diante de Marcos Pezão no TUF Brasil 3 Finale, em maio do ano passado, praticamente não aconteceu, já que Monstro sofreu um nocaute relâmpago aos 20 segundos.

A situação de agora, entretanto, é completamente diferente. Monstro mudou da divisão dos pesados, onde competiu no TUF e, posteriormente, enfrentou Pezão, para a categoria dos médios, o que deverá representar uma diferença de quase 15 kg em seu peso. Atleta da Team Nogueira, o paulista teve à sua disposição um treino de qualidade, inclusive dividindo parte de seu tempo na academia com Anderson Silva.

O combate de Rick Monstro, porém, terminará mal para um atleta do Brasil, já que seu oponente é o compatriota Ildemar Marajó.

Ildemar Marajó

Ildemar (foto) fará luta em sua terceira categoria de peso diferente no UFC. Foto: Divulgação

Irmão mais novo de Iuri Marajó, atleta dos galos do UFC, Ildemar lutará em sua terceira categoria de peso diferente no UFC 183. Em sua estreia no octógono, em janeiro de 2013, finalizou Wagner Caldeirão pelos meio-pesados; depois, mudou-se direto para os meio-médios, onde fez quatro lutas e venceu metade delas. Agora, ele voltará à divisão dos médios, categoria na qual se sagrou campeão no evento brasileiro Jungle Fight.

Em sua segunda luta consecutiva em Las Vegas, Marajó quer evitar o drama de sofrer sua segunda derrota em sequência no UFC, já que, em julho do ano passado, perdeu para Kenny Robertson.

Thiago Marreta

T. Marreta (foto) enfrenta A. Enz. Foto: Josh Hedges

O carioca Thiago Santos, ou “Marreta”, como é conhecido, tem apenas três lutas no UFC, mas sua trajetória é curiosa. Nenhum de seus combates no octógono passou despercebido, sendo que as lutas atraíram holofotes por bons ou maus motivos para o atleta.

Sua estreia no UFC aconteceu de maneira repentina, no Rio de Janeiro, substituindo em cima da hora um atleta lesionado para enfrentar Cezar Mutante, campeão do TUF Brasil 1. E não deu para o cheiro: Marreta acabou finalizado em menos de um minuto por um agressivo Mutante, que aplicou uma guilhotina ainda nos instantes iniciais.

Em seguida, Marreta protagonizou uma das grandes zebras do ano de 2014 ao nocautear, também no minuto inicial, o favorito Ronny Markes, que acabara de fazer luta dura diante do top Yoel Romero. Assim, Thiago ganhou a chance de participar de um evento de destaque, enfrentando o “Homem Ambulância” Uriah Hall, no mesmo evento em que Chris Weidman defendeu seu cinturão contra Lyoto Machida.

A luta com Hall em si não chamou tanto a atenção, mas sim o fato de o jamaicano radicado nos Estados Unidos ter sofrido uma angustiante fratura em um dedo do pé durante o combate. Mesmo assim, Hall saiu com a vitória, na decisão dos juízes.

Desta vez, Marreta enfrenta um adversário menos conhecido, que tentará o “tudo ou nada” no UFC 183. Andy Enz, de 23 anos, luta contra o “facão”, já que inevitavelmente deverá ser demitido caso sofra sua terceira derrota em três lutas no UFC.

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Publicado por
Bruno Ferreira
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