Na última semana, a informação de que o campeão do UFC Jon Jones, flagrado em exame antidoping surpresa por uso de cocaína, havia passado somente uma noite na clínica de reabilitação na qual havia se internado deixou intrigada a comunidade do MMA. Em sua primeira grande entrevista após a polêmica, no entanto, Jones explicou a situação e disse que a decisão foi tomada pelos médicos responsáveis. Além disso, o lutador contou que desde que deixou a instituição, tem seguido com o tratamento em sua casa e vem sendo submetido a exames semanais.
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“Ir para a clínica de reabilitação foi uma decisão coletiva . Alguns dos meus parceiros de negócios acharam que seria uma boa ideia, mas eu disse a eles: ‘Eu não tenho problemas com drogas, eu só fui pego’. Eles disseram que não sabiam se eu tinha problema com drogas ou não, mas que eu deveria ir para a clínica e deixar os médicos decidirem quão saudável eu estava. E eu aceitei. Então, eu fui para a clínica e fiz uma avaliação durante 24 horas, conversei com três médicos por cerca de sete horas e nós falamos sobre drogas, minha vida e eles decidiram que eu não precisava me internar. Aí, eles me colocaram em uma casa para pacientes que não eram viciados, eu fiquei lá e esses profissionais chegaram para mim e disseram: ‘Jones, nós acreditamos que você cometeu um grande erro, mas você não precisa viver aqui conosco o tempo todo. No entanto, nós vamos continuar testando você, vamos até a sua casa duas vezes por semana. Vamos testa-lo frequentemente’. E eles ainda estão me testando semanalmente. As sessões vão continuar por uma, duas ou três vezes por semana. Eu não sei como é o processo, até mesmo por conta do programa em que me colocaram. Mas quando fui para a clínica de reabilitação, eu fiquei lá pelo tempo que eu precisava ficar”, garantiu o campeão, em entrevista ao canal norte-americano “FOX Sports 1”, parceiro do Ultimate.
Além disso, Jones, que também revelou ter feito uso de cocaína pela primeira vez nos tempos de faculdade, disse que chegou a temer que o resultado do exame pudesse lhe custar a luta contra Daniel Cormier no UFC 182. “Foi um dia de ataque de nervos. Eu sabia que tinha feito algo errado e que o teste mostraria isso, mas eu não falei para ninguém. Apenas o meu tio sabia que eu poderia testar positivo. Mantive tudo em segredo. Claro que passou pela minha cabeça que eu poderia ser suspenso ou que poderia não lutar, mas quando eu cheguei até a pesagem, percebi que ninguém tinha falado nada a respeito e que o teste talvez não tivesse dado positivo”, comentou.
Por fim, “Bones”, como é conhecido, reforçou o pedido de desculpas público já feito no dia em que o caso veio a público e garantiu ter aprendido bastante com a situação. “Minha mensagem para os meus fãs é: desculpe por talvez tê-los desapontado. Eu desapontei a mim mesmo, desapontei o meu time, a minha família, o UFC… isso é um pedido de desculpas sincero. Eu também estou tentando entender quem eu sou. Como todo mundo, também tenho os meus problemas para lidar, tenho as minhas inseguranças e a minha vida, assim como você. A melhor coisa que eu posso tirar disso tudo é continuar vencendo, não deixar essas coisas acontecerem de novo e aprender. Isso não é uma derrota se você aprender com ela. Eu não vou sentar aqui e dizer que nunca mais vou beber ou aproveitar a vida. Acho que há muita gente que entende isso. O importante é aprender quando a gente cai, não ser muito duro com você mesmo e tentar fazer as coisas da melhor forma possível”, concluiu.
Aos 27 anos, Jon Jones tem um cartel profissional de 21 vitórias e uma derrota. Após defender pela oitava vez consecutiva o cinturão dos meio-pesados, contra Daniel Cormier no último dia 3 de janeiro, Jones agora aguarda por seu próximo desafiante, que sai do duelo entre Alexander Gustafsson e Anthony Johnson – que se enfrentam no próximo sábado (24), no UFC on FOX 14, na Suécia.
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