Cordeiro (esq.) treina Shogun (dir.) em luta no UFC Rio 1. Foto: Divulgação/UFC
Rafael Cordeiro conhece Maurício Shogun como poucos. Afinal, o renomado treinador foi um dos responsáveis por preparar o lutador curitibano no início de sua carreira, estando ao seu lado em momentos importantes como a conquista do GP do PRIDE, em 2005, ou algumas de suas vitórias já no UFC. Justamente por isso, Cordeiro deixou em aberto a possibilidade de voltar a treinar Shogun no futuro caso haja o interesse do lutador.
Shogun vem em péssimo momento no UFC, tendo perdido quatro de suas últimas cinco lutas. Cordeiro, líder da academia Kings MMA e responsável por treinar atletas como Fabrício Werdum e Rafael dos Anjos, acredita que o antigo pupilo ainda tem o que é necessário para dar a volta por cima, e se ofereceu para trabalhar junto do ex-campeão dos meio-pesados.
“Eu gostaria muito que o Shogun voltasse a treinar comigo. Por gostar demais desse guri, gostaria muito que ele voltasse a treinar comigo. Não posso dizer que vou ser o salvador da lavoura, mas eu conheço muito bem o jeito que o Shogun luta. Tenho muito carinho por ele. O Shogun gosta de estar no Brasil, gosta de ficar perto da família, ele tem essa necessidade de ficar junto da mãe, da esposa, dos filhos e dos amigos. Eu não posso visualizar um camp no Brasil por todos os compromissos que tenho com a minha academia aqui [Estados Unidos], mas espero um dia voltar a treinar o Shogun e ajudá-lo a voltar ‘às cabeças’, que é o lugar que ele merece. Ele ainda é novo, tem 32, 33 anos, e idade não é o problema. Vejo pelo fato de o Werdum estar com 37 anos e estar no melhor momento da carreira, ou o Vitor Belfort, com 38. O dia que esse garoto quiser, ele vai ser recebido aqui na casa como um pai receberia o filho a qualquer momento”, disse Cordeiro, em entrevista ao site “Sexto Round”.
Cordeiro acredita que o problema vivido atualmente por Shogun não é técnico, e sim psicológico. “Está faltando uma motivada no bichão, uma injeção de ânimo. Só isso que está faltando. O Shogun está pronto. Ele tem o mais importante, que é o coração. Ele não tem medo de ninguém, luta com qualquer um. Então, está faltando ver aquele sorriso dentro do octógono. O Shogun motivado vai voltar para as cabeças”, disse o treinador.
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