A discussão sobre atletas transgênero em esportes de combate voltou à tona após o ex-campeão do UFC, Georges St-Pierre, defender a criação de categorias específicas para esses atletas. Em entrevista ao canal ‘Theo Von’, o canadense argumentou que as diferenças fisiológicas entre homens e mulheres cisgênero criariam um desequilíbrio competitivo e coloca em risco a integridade física das lutadoras.
“Eu acho nojento quando alguém que nasceu homem muda de sexo e depois compete como mulher. Não tenho medo de me levantar e dizer isso porque eu amo mulheres e acho que elas precisam ser protegidas, especialmente em esportes de combate”, disse St-Pierre.
St-Pierre afirmou que a segurança das lutadoras deve ser priorizada e que as vantagens físicas inerentes aos homens, como maior densidade óssea e massa muscular, podem colocar as mulheres em risco de lesões graves. O ex-campeão sugeriu que a solução seria a criação de divisões separadas, onde os atletas transgênero pudessem competir entre si.
“Eles deveriam ter sua própria categoria – isso seria justo”, ele sugeriu.
A polêmica ganhou ainda mais força com o caso da boxeadora argelina Imane Khelif, que conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris. A atleta foi alvo de diversas acusações de ser transgênero, o que gerou uma grande discussão nas redes sociais.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) negou as acusações, afirmando que Khelif se identifica como mulher e que não há irregularidades em sua participação.