De olho na legalização da cotovelada vertical, mais conhecida como 12-6, Daniel Cormier expressa receio com consequências que a decisão pode gerar. Na opinião do antigo duplo campeão, o golpe pode ser assemelhado a ações que pessoas utilizam em brigas de rua e acredita que ‘tiros de meta’ (chute na cabeça com atleta no chão) poderão ganhar mesma permissão eventualmente.
“Eu não gosto disso. Não gosto de cotoveladas 12-6 e não gosto de tiros de meta. Eu não quero. Eis o meu pensamento: Eu simplesmente não quero tudo que faz a luta parecer uma briga de rua. É isso aí. John McCain, antes de morrer, era contra as lutas porque dizia: ‘É uma briga de galos humana’. Eles mostravam esses vídeos de brigas de gangues e pessoas no chão, e eles simplesmente as chutavam no rosto. Se chegarmos aos tiros de meta, as coisas começarão a se parecer com isso novamente, e isso não é bom”, declarou Cormier em seu canal do YouTube.
Ao seguir com fala, o comentarista reforçou receio que legalização pode gerar em lutas no octógono.
“Não gosto das cotoveladas 12-6. Não gosto tanto da cotovelada de 12-6. Não me importo tanto com as cotoveladas 12-6 (como com tiros de meta). Mas acho que, no momento em que começarmos a abrir essas regras novamente, vai ser mais, e mais, e mais, e eventualmente voltaremos aos tiros de meta”, concluiu.
Utilizada por Jon Jones nos primórdios de sua trajetória pelo UFC, a cotovelada vertical ficou conhecida por ter gerado a única derrota na carreira do norte-americano. As mudanças de regras foram votadas e aprovadas por um comitê incluindo os diretores executivos das Comissões Atléticas da Califórnia e de Nevada e árbitros como Marc Goddard, John McCarthy e Herb Dean.