Após caso Jon Jones, relembre outros atletas do UFC com envolvimento com drogas

Thiago Silva, Nick Diaz, Jessica Eye e até comentarista e árbitro já se envolveram em polêmicas no passado

Silva, Diaz e Eye são três atletas envolvidos em polêmicas no passado. Foto: Produção MMA Press

Silva, Diaz e Eye são três atletas envolvidos em polêmicas no passado. Foto: Produção MMA Press

Na noite desta terça-feira (06), a notícia de que Jon Jones havia sido flagrado pelo uso de cocaína em uma exame antidoping surpresa no ano passado e que se internaria em uma clínica de reabilitação para se tratar caiu como uma bomba no mundo do MMA.

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Em um teste surpresa realizado no dia 4 de dezembro do ano passado, o campeão dos meio-pesados do UFC teve detectada em seu organismo uma substância derivada de cocaína. No entanto, por não se tratar de uma substância banida pela WADA (a Agência Mundial Antidoping) em período fora de competição, o lutador foi autorizado a participar do UFC 182, evento no qual derrotou Daniel Cormier na decisão dos juízes.

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Apesar do grande choque causado pela notícia, embora nunca antes com uma estrela da grandeza de Jones, casos envolvendo atletas e problemas de dependência química ou uso recreativo de drogas não são novidade nas artes marciais mistas.

Abaixo, o SUPER LUTAS lista alguns dos episódios mais famosos envolvendo atletas do UFC:

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Melvin Guillard

M. Guillard (foto) foi flagrado por uso de cocaína em período de competição. Foto: Josh Hedges/UFC

M. Guillard (foto) foi flagrado por uso de cocaína em período de competição. Foto: Josh Hedges/UFC

Atualmente no WSOF, o ex-participante do The Ultimate Fighter 2 foi flagrado pelo uso de cocaína durante o período de competição no exame antidoping realizado durante o UFC Fight Night 9, em abril de 2007. Pelo episódio, Guillard, que havia sido finalizado pelo companheiro de TUF Joe Stevensson em apenas 27 segundos, amargou uma suspensão de oito meses e recebeu uma multa de cerca de US$ 2 mil (aproximadamente R$ 4 mil pela cotação da época). Na ocasião, o lutador disse que fez uso da droga apenas para fins recreativos e que não era viciado. Guillard manteve-se inativo apenas durante o período de sua punição e voltou ao octógono logo após o fim da sanção, tendo permanecido no UFC até março de 2014.

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Nick Diaz

Fotos "suspeita" nas redes sociais de Diaz. Foto: Reprodução

Fotos “suspeita” nas redes sociais de Diaz. Foto: Reprodução

Usuário assumido de maconha, Nick Diaz não faz questão nenhuma de esconder o consumo da droga, e por diversas vezes já publicou fotos ou textos que sugerem o uso nas redes sociais. A relação de Diaz e a cannabis, no entanto, já custou caro ao polêmico norte-americano, que foi suspenso por duas vezes após ser flagrado com traços da droga no organismo após suas lutas, em 2007 no extinto PRIDE e em 2012 depois de perder a disputa do cinturão interino dos meio-médios para Carlos Condit no UFC.

“Não sou um médico ou a por** de um cientista, mas fumei muita maconha na vida. E, na minha opinião, faz bem pra caramba. Acho que é a coisa mais saudável para quem quer simplesmente ficar de boa por um tempo. Cigarros não, mas maconha expande seus pulmões, você respira bem”, disse o próximo adversário de Anderson Silva certa vez, ao defender o consumo recreativo da droga.

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Jéssica Eye

J. Eye teve sua primeira vitória no octógono revertida em uma NC. Foto: Josh Hedges/UFC

J. Eye teve sua primeira vitória no octógono revertida em um NC. Foto: Josh Hedges/UFC

Mas nem só de marmanjos se faz nossa lista. Traços de maconha no organismo primeira luta no Ultimate também custou o resultado positivo à bela Jessica Eye, que teve seu triunfo sobre Sarah Kaufmma revertido em um “No Contest” (luta sem resultado) após ser flagrada no exame antidoping do UFC 166. Após o ocorrido, Jessica escreveu uma carta para ao Conselho de Licenciamento e Regulamentação do Texas em que tentou explicar o ocorrido. A lutadora se justificou dizendo que havia se reconciliado com seu pai, há muito afastado da família, e que eles e alguns amigos usaram a droga em sua presença durante uma festa de boas-vindas em sua casa. A atleta argumentou que tentou censurou o pai pelo comportamento, mas que foi ameaçada e chegou a ser agredida. Segundo Eye, o longo tempo na presença de usuários de maconha pode ter resultado na presença de vestígios da droga em seu organismo.

Thiago Silva

T. Silva foi suspenso por 6 meses pelo uso de maconha. Foto: Josh Hedges/UFC

T. Silva foi suspenso por 6 meses pelo uso de maconha. Foto: Josh Hedges/UFC

Demitido duas vezes do UFC no ano passado por ter ameaçado sua ex-esposa com uma arma de fogo, sob acusação de também estar sob efeitos de cocaína quando cometeu o crime, o peso meio-pesado brasileiro foi suspenso por seis meses em novembro de 2012, após testar positivo para maconha depois de sua vitória por finalização sobre Stalistav Nedkov, no UFC Macau.

Joe Rogan

Joe Rogan é comentarista do UFC desde 1997. Foto: Divulgação

Joe Rogan é comentarista do UFC desde 1997. Foto: Divulgação

Talvez o nome mais curioso de nossa lista. Em abril de 2014, Joe Rogan, comentarista oficial do UFC em eventos de pay-per-view e transmitidos em TV aberta nos EUA pela FOX, foi flagrado pelo uso de maconha em um exame antidoping da organização, que estendeu os testes a todo seu quadro de funcionários. Rogan foi suspenso de suas funções na transmissão oficial, mas sua punição foi anulada logo em seguida, quando o evento anunciou que não incluiria mais maconha na lista de substâncias rastreadas pelos exames.

Josh Rosenthal

J. Rosenthal ainda cumpre pena nos EUA por tráfico de drogas e cultivo ilegal de maconha. Foto: Divulgação

J. Rosenthal ainda cumpre pena nos EUA por tráfico de drogas e cultivo ilegal de maconha. Foto: Divulgação

Entre todos os casos aqui listados, sem dúvida nenhuma o mais grave envolve o ex-árbitro Josh Rosenthal. Após investigação no estado da Califórnia, foi descoberto que o árbitro mantinha sob cultivo mais de 1300 pés de maconha, cujo valor estimado para revenda passa a casa dos US$ 6 milhões (R$ 16,2 milhões, pela cotação atual). Caso não tivesse se declarado culpado, Rosenthal poderia ter sido condenado a dez anos de prisão e ser obrigado a pagar uma multa de US$ 1 milhão (R$ 2,70 milhões). Ao confessar o crime, o ex-juiz foi condenado a “só” 37 meses de reclusão e dois anos de liberdade condicional.

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