Francis Ngannou quebra silêncio e dá detalhes dolorosos sobre a morte do filho de um ano e três meses

Ex-campeão peso pesado do UFC, Francis Ngannou perdeu o filho Kobe, de 15 meses, em abril deste ano

Francis Ngannou tem duas derrotas no boxe. Foto: Reprodução/Twitter/@francisngannou

Francis Ngannou perdeu um filho de 15 meses. Foto: Reprodução/Twitter/@francisngannou

Acostumado a passar por grandes batalhas dentro do octógono do UFC e nos ringues de boxe, Francis Ngannou encarou recentemente a mais dura e insuperável de todas: a perda de um filho. Cerca de três meses após o falecimento do pequeno Kobe, de apenas um ano e três meses, o ex-campeão peso pesado (até 120,2 kg) do Ultimate quebrou o silêncio e deu mais detalhes sobre a tragédia.

Durante participação recente no podcast de Joe Rogan, Ngannou explicou que Kobe possuía uma má formação no cérebro não diagnosticada antes do falecimento.

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“Ele tinha alguma má formação no cérebro, algo que não sabíamos. Ele desmaiou duas vezes. A primeira vez foi em Camarões e o levamos para o hospital. Não encontraram nada. A segunda vez foi na Arábia Saudita e fizeram um monte de exames não acharam nada. A conclusão foi que ele estaria com o pulmão inchado. Isso estaria pressionando o peito e o impedindo de respirar. Depois dos exames, deram alguns remédios e falaram que ele ficaria bem. Pensaram até em asma, deram a bombinha, mas depois tiraram. Isso me deixou tranquilo”, contou Ngannou.

Com confiança de que o filho se recuperaria com os medicamentos, Francis Ngannou deixou Camarões rumo a Dubai, onde estava treinando. O ex-campeão conta que estava fazendo um treino aeróbico quando recebeu a ligação do irmão mais novo contando que havia algo errado com Kobe.

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“Meu irmão disse que as coisas não estavam bem lá. Quando perguntei o que houve ele falou que Kobe havia desmaiado, não estava respirando e eles estavam no hospital, mas haviam o tirado da sala. Ele estava tentando se informar e eu perdi o contato por alguns minutos. Quando consegui ligar para ele novamente ouvi a enfermeira dizendo que ele se foi. Como assim ele se foi? Foi para onde? O garoto tinha 15 meses, era maior do que os garotos de 15 meses, estava crescendo. Ele era o garoto mais feliz e alegre de todos. Como assim ele se foi?. Eu achei que estava sonhando. Achei que alguém falaria que não era verdade. Continuei ligando e todos confirmaram. Que p**** foi essa? Foi assim”, lamentou.

Na sequência, Ngannou deu mais alguns detalhes a respeito do luto e de como encontra forças para continuar a vida e a carreira após tamanha tragédia.

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“Você volta para o apartamento e vê todos os brinquedos, as coisas que ele brincava. Está tudo ali, mas ele não está e nunca mais estará. Se te perguntam o que possa te confortar, não existe nada. É apenas encarar dia após dia. Pelo menos, quando eu morrer eu vou ver meu filho. Não tenho medo da morte. Ainda quero viver, mas quando você pensa assim, de certa forma você está apenas esperando isso acontecer”, finalizou.

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