Mundialmente conhecido como o ‘país do futebol’ por sua tradição e suas conquistas no esporte bretão, o Brasil poderia perfeitamente ser chamado de ‘o país da luta’. Não apenas por ser uma potência reconhecida no MMA, com lendas como Anderson Silva, José Aldo, Wanderlei Silva e muitos outros, mas também pelo sucesso nas modalidades que fazem parte dos Jogos Olímpicos, tais quais boxe, taekwondo e, principalmente, judô.
Os esportes de combate são responsáveis por aproximadamente 22,5% do total de medalhas conquistadas por atletas brasileiros na história dos Jogos Olímpicos. Das 151 medalhas conquistadas pelo Brasil, 34 vieram através das lutas, sendo 24 do judô, oito do boxe e duas do taekwondo.
A primeira participação brasileira no boxe olímpico se deu há mais de um século, nos Jogos Olímpicos da Antuérpia, em 1920. A primeira medalha, no entanto, veio somente 48 anos depois, nos Jogos da Cidade do México, em 1968, com Servílio de Oliveira.
A medalha de bronze conquistada pelo peso mosca (até 51 kg) paulistano foi a primeira do Brasil não apenas na nobre arte, como também nos esportes de combate de forma geral.
Quatro anos após Servílio de Oliveira subir ao pódio no México, a segunda medalha do Brasil nos esportes de combate veio com o judoca Chiaki Ishii nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972. Nascido em Ashikaga, no Japão e naturalizado brasileiro desde 1969, Ishii chegou às semifinais do torneio até 93 kg, mas acabou eliminado, dividindo o bronze com Paul Barth, da Alemanha Ocidental.
Após a terceira colocação do nipo-brasileiro, foram duas edições sem medalhas para o país no ‘caminho suave’. Os Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984, com três medalhas (uma prata e dois bronzes), entretanto, marcaram o início de uma era extremamente vitoriosa dos judocas brasileiros nas olimpíadas.
De lá para cá, são dez edições consecutivas de Jogos Olímpicos com medalhas para o judô do Brasil, incluindo os ouros de Aurélio Miguel, em Seul; Rogério Sampaio, em Barcelona; Sarah Menezes, em Londres; e, mais recentemente Rafaela Silva, no Rio, que ajudaram a tornar o judô a modalidade com mais medalhas na história olímpica brasileira.
A semente plantada por Servílio de Oliveira em 1968 demorou mais de 40 anos, mas rendeu frutos valioso para o boxe olímpico brasileiro. Nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, os irmãos capixabas Esquiva e Yamaguchi Falcão e a baiana Adriana Araújo abriram caminho, com uma prata e dois bronzes, para uma geração de ouro que viria a seguir.
O primeiro ouro da história do boxe olímpico brasileiro não poderia ter palco melhor. No Rio-2016, Robson Conceição, que recentemente se tornou campeão mundial pelo Conselho Mundial de Boxe, entrou para a história ao superar o cubano Lázaro Álvarez na grande final e garantir o lugar mais alto do pódio para o Brasil pela primeira vez na nobre arte.
Nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, disputados em 2021 por conta da pandemia do Covid-19, foi a vez do baiano Hebert Conceição, com um nocaute histórico sobre o ucraniano Oleksandr Khyzhniak, se tornar o segundo brasileiro a conquistar uma medalha de ouro no boxe olímpico.
A principal esperança para manter a tradição iniciada por Robson Conceição no Rio e repetida por Hebert Conceição em Tóquio e levar o Brasil ao lugar mais alto do pódio também em Paris desta vez vem do boxe feminino, com Beatriz Ferreira.
Medalhista de prata em Tóquio, Bia se tornou campeã mundial tanto no boxe olímpico, no ano passado, quanto no profissional, há cerca de dois meses. Com isso, a baiana é vista como uma das maiores, se não a maior esperança de medalha de ouro entre toda a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Paris, tendo como principal rival justamente a irlandesa Kellie Harrington, algoz na última edição.
Além de Bia Ferreira, aparecem como grandes esperanças de medalhas nomes como os pugilistas Keno Marley e Jucielen Romeu e as judocas Mayra Aguiar, Beatriz Souza e Rafaela Silva.
– Servílio de Oliveira – Boxe (bronze).
– Chiaki Ishii – Judô (bronze).
– Douglas Vieira: Judô (prata).
– Luís Onmura – Judô (prata).
– Walter Carmona – Judô (bronze).
– Aurélio Miguel – Judô (ouro).
– Rogério Sampaio – Judô (ouro).
– Aurélio Miguel – Judô (bronze).
– Henrique Guimarães – Judô (bronze).
– Tiago Camilo – Judô (prata.)
– Carlos Honorato – Judô (prata).
– Leandro Guilheiro – Judô (bronze).
– Flávio Canto – Judô (bronze).
– Leandro Guilheiro – Judô (bronze).
– Ketleyn Quadros – Judô (bronze).
– Tiago Camilo – Judô (bronze).
– Natália Falavigna – Taekwondo (bronze).
– Sarah Menezes – Judô (ouro).
– Esquiva Falcão – Boxe (prata).
– Felipe Kitadai – Judô (bronze).
– Mayra Aguiar – Judô (bronze).
– Rafael Silva – Judô (bronze).
– Adriana Araújo – Boxe(bronze).
– Yamaguchi Falcão – Boxe (bronze).
– Rafaela Silva – Judô (ouro).
– Robson Conceição – Boxe (ouro).
– Mayra Aguiar – Judô (bronze).
– Rafael Silva – Judô (bronze).
– Maicon Andrade – Taekwondo (bronze).
– Hebert Conceição – Boxe (ouro).
– Beatriz Ferreira – Boxe (prata).
– Daniel Cargnin – Judô (bronze).
– Mayra Aguiar – Judô (bronze).
– Abner Teixeira – Boxe (bronze).