Depois de elencar os melhores nocautes, finalizações, lutas, lutadores e as grandes surpresas de 2014, chegamos à parte final das listas de fim de ano do SUPER LUTAS com o top-5 do qual ninguém quer fazer parte: as maiores decepções do ano.
Desde as grandes expectativas que jamais se concretizaram até os atletas que sempre tiveram uma carreira brilhante, mas perderam o rumo ao longo do ano, este ranking elenca as grandes frustração da temporada.
Sem mais delongas, vamos às “Decepções do ano” do SUPER LUTAS:
Maurício Shogun é indiscutivelmente um dos lutadores mais queridos pelo público brasileiro. Dono de um estilo agressivo e vistoso, carismático e com histórico vitorioso, Shogun sempre levanta expectativas sobre seu retorno aos tempos áureos. Porém, 2014 parece ter sepultado a esperança dos fãs.
Após começar o ano com uma boa impressão depois do nocaute sobre James Te Huna no fim de 2013, Shogun sofreu um nocaute até certo ponto surpreendente para Dan Henderson em Natal (RN). Porém, como sua apresentação contra Hendo vinha sendo boa, a chama se manteve acesa até o UFC Uberlândia, quando veio o balde de água fria. Maurício teve seu adversário mudado de última hora e acabou nocauteado em 34 segundos por Ovince St. Preux, somando sua quarta derrota em cinco lutas.
Não só pela briga televisionada no TUF Brasil 3, mas o público queria ver Chael Sonnen e Wanderlei Silva. Obviamente, a não realização do duelo frustrou e muito os fãs. Mas não parou por aí e a série de eventos que sucedeu os três adiamentos/cancelamentos da luta entre os desafetos foi um dos momentos mais decepcionantes do ano.
Sonnen e Silva se enfrentariam originalmente no UFC 173, em maio. Provavelmente se ligando no erro que havia cometido com tal anúncio, o Ultimate adiou o duelo para o TUF Brasil 3 Final, em São Paulo (SP), uma semana depois. Porém, uma fratura na mão sofrida por Wand na fatídica briga nos estúdios atrasou o duelo novamente e ele foi parar no UFC 175.
Só esses eventos já seriam o suficiente para deixar o fã desapontado, mas Wanderlei se recusou a passar por um antidoping surpresa, o que culminou no cancelamento definitivo da luta, e acabou banido do MMA eternamente em Las Vegas. Já Sonnen não ficou atrás e foi flagrado duas (!) vezes no antidoping, também sofreu duras sanções, perdeu sem emprego no jornal oficial do UFC na TV norte-americana e pendurou as luvas. Uma verdadeira coleção de lambanças.
Desde quando Chris Weidman venceu Anderson Silva pela segunda vez, em 28 de dezembro de 2013, estava definido que o campeão enfrentaria Vitor Belfort em 2014. O duelo aconteceria em maio, no fim de semana do Memorial Day, mas Vitor não teve condições de lutar devido a problemas com a Comissão Atlética de Nevada por causa de exames antidoping e a mudança na regulamentação do TRT.
Substituído por Lyoto Machida, em luta que foi realizada somente em julho, Vitor voltaria a ter sua chance em dezembro, no UFC 181, mas agora foi a vez de Weidman deixar o combate por uma lesão e a luta ficar de vez para 2015. Com isso, o “Fenômeno” não pisou uma vez sequer no octógono em 2014.
Invicto por quase dez anos e com uma sequência impressionante de atropelamentos sobre os principais nomes da categoria peso galo, Renan Barão se tornou um nome seguro do Brasil para manter seu cinturão. Porém, tudo isso mudou na noite de 24 de maio de 2014.
Logo após sua primeira defesa de cinturão linear, conquistado após a destituição do inativo ex-campeão Dominick Cruz, Barão foi confirmado contra TJ Dillashaw no UFC 173 a menos de um mês do evento, devido a mais um problema com lesões que alterou os cards do Ultimate.
No octógono montado no MGM Grand Garden Arena, para muitos, o que se viu foi uma das maiores zebras de todos os tempos no MMA. Barão não só foi derrotado por TJ Dillashaw como foi completamente dominado em cinco rounds pelo norte-americano, até, de forma irreconhecível, ser nocauteado a poucos minutos do fim da luta.
O brasileiro ganhou o direito de ter uma revanche imediata pelo título, mas passou por sérios problemas no seu corte de peso, desmaiou horas antes da pesagem oficial e teve que ser levado às pressas para o hospital. Para fechar o ano, Renan até se recuperou com uma vitória sobre Mitch Gagnon no UFC Barueri, mas teve dificuldades diante do canadense, apenas o 14º colocado no ranking oficial.
Dana White nunca se cansou de repetir: “Ir ao México só faz sentido se o fizermos com Cain Velasquez”. E foi por isso que quando Fabrício Werdum, também reconhecido do público latino por participar das transmissões do Ultimate em espanhol, se tornou o desafiante número um ao cinturão dos pesados, o dirigente não teve dúvidas de que era chegada a hora de finalmente desembarcar em terras mexicanas.
Porém, mais uma lesão de Cain Velasquez a poucas semanas da realização da aguardada luta mudou os planos da organização e fez com que Mark Hunt fosse escalado de última hora para disputar o cinturão interino contra Werdum. O card mexicano foi interessante, teve boas lutas, as finais do TUF local, mas não teve Velasquez, portanto não cumpriu a proposição original da organização. Por isso mesmo, um retorno à cidade do México com a unificação dos cinturões interino e linear entre Fabrício e Cain está confirmada por White para 2015.