Co-protagonista do UFC 302, neste sábado (1), Dustin Poirier disputa, pela terceira vez na carreira, o cinturão linear do peso leve (até 70,3 kg), quando enfrenta o campeão Islam Makhachev. Mais do que legado, dinheiro ou um lugar no Hall da Fama da organização, uma vitória sobre o russo significa, para o ‘Diamante’ uma realização pessoal.
Em entrevista coletiva concedida durante ‘media day’ do evento, na última quarta-feira (29), Poirier fez questão de valorizar o título interino conquistado em 2019, mas definiu o cinturão linear como objetivo de vida.
“Eu tenho um cinturão do UFC que diz ‘campeão mundial’ com meu nome escrito nele em minha sala. Eu mantenho esse cinturão lá em cima porque Max Holloway, quando eu o derrotei pelo título, estava em uma sequência de 12 vitórias e era o campeão peso pena. Não é como se eu tivesse sorteado um nome e vencido qualquer um pelo título interino porque o campeão não podia lutar. Eu enfrentei um campeão mundial com múltiplas defesas. Foi uma grande vitória, mas não é o linear”, disse o norte-americano.
No UFC desde 2011 e com vitórias sobre nomes como Max Holloway, Justin Gaethje, Eddie Alvarez, Anthony Pettis e Conor McGregor no currículo, Poirier acredita que o cinturão linear é o último ingrediente que falta para coroar uma carreira vitoriosa.
“Eu já disse várias vezes. É a última parada. O que mais posso fazer nesse esporte? Não quer me gabar, mas luto há muito tempo. Da minha geração, eu enfrentei os melhores pesos leves do mundo. Alguns duas vezes. Eu fiz de tudo e venci vários deles, mas não tenho a marca de campeão linear”, apontou o desafiante.
Por fim, Dustin Poirier afirmou que conquistar o cinturão linear do UFC é, acima de tudo, cumprir uma promessa feita à esposa aos 17 anos de idade.
“Essa é a razão pela qual eu coloquei um par de luvas com 17 anos. Ser o melhor do mundo. Neste sábado eu tenho uma oportunidade. 25 minutos para me chamar de melhor do mundo. Não é sobre dinheiro. Não é sobre recordes ou Hall da Fama. É sobre cumprir uma coisa que eu falei para minha esposa aos 17 anos que eu ia conseguir, que eu venho perseguindo para fazer acontecer. Não é sobre negócios. É uma coisa pessoal que, se eu cumprir, eu posso olhar para trás e ficar contente e orgulhoso de tudo que fiz. Um objetivo que tracei quando era criança e não fazia ideia do que ia enfrentar, mas continuei seguindo em frente e consegui cumprir”, finalizou.
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