Em meio à empolgação pelo anúncio do cinturão interino dos pesos pesados (até 120,2kg) entre Tom Aspinall e Curtis Blaydes, que agitará o UFC 304 em 27 de julho, uma situação peculiar cerca Jon Jones. O campeão da categoria, com 36 anos, observa a disputa pelo título que ostenta, sem ter sido destituído, enquanto vai acumular 511 dias de inatividade no dia do evento. Um privilégio que, para muitos, soa como um paradoxo em comparação ao tratamento recebido por Conor McGregor.
Em 2017, na mesma situação de Jones, McGregor perdeu seu cinturão linear dos pesos leves (até 70,3kg) após exatos 511 dias de inatividade. Na época, Khabib Nurmagomedov o substituiu, vencendo Al Iaquinta pelo título vago e se consagrou campeão. Conor, por sua vez, jamais recuperou o título.
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É importante ressaltar que, no caso do norte-americano, a inatividade se deve em parte a uma lesão. O atleta se recupera de uma cirurgia no ombro e ainda não tem data definida para retornar ao octógono.
OFICIAL: Tom Aspinall x Curtis Blaydes 2 será o co-main event do UFC 304, dia 27 de julho, em Manchester, na Inglaterra. pic.twitter.com/za1DRJY2Zz
— MMA Melotto (@MMAmelotto) May 16, 2024
É justo Jon Jones seguir como campeão do UFC?
A decisão do UFC em manter Jones como campeão, mesmo com um período tão longo sem lutar, abre espaço para debates sobre os princípios de meritocracia e justiça esportiva dentro da organização. Se por um lado, alguns defendem a rigidez das regras e a igualdade de tratamento para todos os atletas, outros argumentam que o histórico e a relevância de ‘Bones’ no esporte justificam a exceção.
Resta saber se, após a disputa pelo cinturão interino no UFC 304, ‘Bones’ encontrará a motivação e a forma física necessárias para retomar seu reinado como um dos maiores lutadores da história do MMA. Ele, agora, deve ter Stipe Miocic em sua próxima apresentação e primeira defesa de título na atual divisão.
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