A ascensão de Alex Poatan ao topo do mundo do MMA, culminando nos títulos dos médios (até 83,9kg.) e meio-pesados (até 93kg.) do UFC, contrasta com um início de carreira marcado por um revés e uma oportunidade perdida.
Em 2015, o brasileiro estreou no Jungle Fight, evento nacional de artes marciais mistas, com a mira em um futuro promissor. No entanto, a derrota por finalização para Quemuel Ottoni no terceiro round esfriou o interesse de um potencial agente, o ex-lutador e empresário Marcelo Brigadeiro.
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Brigadeiro, que na época dirigia uma agência de atletas em São Paulo, foi alertado por um sócio sobre o potencial de Poatan.
“Ele me falou que tinha um cara que era fod* na trocação, que batia em todo mundo e iria estrear. Disse para a gente ficar de olho para, quem sabe, tentar empresariar ele”, relembra o empresário.
Entusiasmado com a promessa de um novo talento, Brigadeiro acompanhou de perto a estreia de Poatan no Jungle Fight. Mas o que viu foi um desempenho abaixo das expectativas.
“Ele lutou e tomou um cacete. Falei com meu sócio novamente e perguntei: ‘Esse é o brabo? Esquece ele’”, admite.
A avaliação negativa de Brigadeiro foi um erro crasso. Poatan se reergueu com determinação, aprimorando suas habilidades e se tornando um dos lutadores mais temidos do planeta. Em sua carreira, o brasileiro soma um cartel de dez resultados positivos e dois negativos.