André Lima exibe mordida sofrida no UFC Las Vegas 89. Foto: Reprodução/Instagram
Pivô de mordida inédita no UFC e demissão relâmpago na organização, Igor Severino segue impedido de competir nos Estados Unidos. Em audiência realizada nesta terça-feira (30), a Comissão Atlética de Nevada negou acordo proposto para pena de seis meses de suspensão, mais multa de US$3 mil (cerca de R$15,5 mil). A punição sugerida foi considerada branda pelos membros da entidade.
O ‘gancho’ e penalização financeira foram sugeridos pelo Procurador-Geral adjunto, Matthew Feeley. O profissional usou como argumento o fato que o a ação antidesportiva do brasileiro não ocorria nos esportes de combate desde o episódio envolvendo Mike Tyson e Evander Holyfield, em 1997.
A estratégia, no entanto, não foi aceita pelos membros da Comissão. Os jurados entenderam que o ato protagonizado por Igor Severino deve ser tratado como ‘grave’, e, assim, dotar de punição compatível.
“O problema é que, se aprovamos e a situação volta a acontecer, você deve se limitar a uma punição de seis meses. Isso é muito perigoso para esta comissão, na minha opinião”, disse o Comissário Anthony Marnell, em trecho divulgado pelo ‘MMA Fighting‘.
Sem acordo, Igor Severino permanecerá suspenso e impedido de competir. O brasileiro, que não estava presente nas tratativas, tem nova audiência agendada para maio.
No fim de março, um confronto entre brasileiros invictos tinha tudo para ser destaque no card preliminar do UFC Las Vegas 89. Uma mordida de Igor Severino no rival André Lima, no entanto, marcou a luta de forma negativa.
Representantes do peso mosca, os atletas travaram um primeiro round disputado. No entanto, a segunda etapa ficou marcada pela ação antidesportiva jamais vista na história da organização.
Pivô da mordida, Severino foi desqualificado e sofreu a primeira derrota na carreira. Momentos depois, o UFC confirmou a demissão da promessa de 21 anos.
Vítima no episódio, André Lima acabou premiado pelo chefe, Dana White. O atleta recebeu um ‘bônus de mordida’, levando para casa US$50 mil (aproximadamente R$259 mil, na cotação atual) oferecidos pelo patrão.
