Wanderlei Silva anunciou sua aposentadoria do MMA, em setembro, e iniciou uma verdadeira batalha contra o UFC. Depois de fazer várias críticas ao maior evento de MMA do mundo, o brasileiro acertou uma aparição com sessão de autógrafos no Bellator, maior concorrente do Ultimate. Mas foi barrado por uma cláusula contratual que ainda tem com seu antigo contratante.
De ‘bigode grosso’, Wand aderiu a campanha, que busca conscientizar o público sobre o câncer de próstata no mês de novembro nos Estados Unidos. Ele reclamou de ser impedido de trabalhar, mesmo estando, segundo ele, aposentado.
“Eles (Bellator) me dariam US$ 10 mil por duas horas numa sessão de autógrafos. Isso foi num sábado. Na quinta-feira, eu recebi um e-mail dizendo que se eu fosse nesse outro evento eu seria processado pelo antigo evento (UFC), porque ainda tenho um contrato assinado com eles. Mas, como assim, vocês têm contrato com um cara que está aposentado”, questionou Wand.
“Então eu não posso mais trabalhar? Não posso viver da imagem que eu construí com sangue, com suor, com garra e com raça, com tudo o que vocês viram. Eles já ganharam um monte de dinheiro nas minhas costas. Vocês vão me pagar por isso? Vão bater na minha porta e perguntar se eu estou precisando desse dinheiro para viver? Se eu tenho alguma conta para pagar? Vocês querem me ter sob contrato e não querem me pagar nada? Vocês querem usar o meu nome vitalício, até o fim da vida, nem meu filho pode usar o meu nome, vocês querem usar o Wanderlei Silva até o fim e não vão me pagar nada por isso? Vocês estão acima da lei! Existe a lei onde toda pessoa é livre para ir e vir. Vocês não querem dar essa liberdade para o atleta”, completou Cachorro Louco
Ainda no vídeo, que você pode ver abaixo, Wanderlei também dispara diretamente contra a política do UFC. O ex-campeão do Pride lembrou da recente queda nos lucros da empresa que controla o Ultimate.
“Eu soube agora que o maior evento do mundo teve uma queda de 40%. Estão vendo? Se não começarem a dividir o lucro, não começarem a dar uma condição melhor ao atleta, vai acabar, gente! A ‘tetinha’ está secando! Hoje em dia, entra um, entra outro, os caras ganhando pouco, todo mundo azedo com o evento, ninguém mostrando aquela honra, aquela dignidade e aquela glória de estar entrando para lutar, porque a gente está sendo tratado de qualquer jeito”, declarou.