A apenas cinco dias de sua segunda luta de vale-tudo no ano de 2007, Fedor Emelianenko resolveu de uma vez por todas abrir o jogo sobre o porquê não assinou com o UFC. O russo foi disputado por diversos eventos logo após o término do Pride, já que era considerado o melhor peso-pesado do mundo. Depois de fracassadas tentativas de Dana White de trazê-lo para a América, o cartola disparou contra o russo, dizendo que ele não estava nem entre os cinco melhores.
Fedor subirá ao ringue na próxima segunda-feira para enfrentar o gigante do K-1 Hong Man Choi pelo evento que foi batizado de Yarennoka, promovido pela M-1 Global em conjunto com os ex-empregados do Pride. O show também contará com as presenças de Murilo Bustamate, que combaterá Makoto Takimoto, e Luiz Azeredo que enfrentará Tatsuya Kawajiri. O grande desfalque no card oficial foi o de Gesias Cavalcanti que se machucou e não enfrentará o japonês Shinya Aoki.
“Nunca encontrei o Dana White, nunca falei com ele no telefone nem por e-mail. Porém seus e-mails para o Vadim (empresário) foram desapontadores. O contrato apresentado pelo UFC era impossível de ser assinado. Caso eu ganhasse, eu teria que lutar oito vezes em dois anos. Se eu perdesse uma luta, o UFC teria o direito de rasgar o contrato. Se após o término do contrato se eu estivesse invicto, ele seria automaticamente estendido por um período de tempo não especificado pelo mesmo dinheiro”, disse o campeão do Pride.
“Basicamente eu não poderia sair invicto, não poderia dar entrevistas, aparecer em filmes ou comerciais, não poderia lutar sambô, que é o meu esporte nacional. Não poderia fazer nada sem o consentimento do UFC. Existia muitas cláusulas, era um contrato de 18 páginas em que eu não tinha direito nenhum e o UFC podia rasgar o contrato em qualquer momento. Meu advogado disse que era impossível assinar este documento”, completou Fedor em entrevista ao site Sherdog.