Apontado como um dos melhores atletas fora do UFC, o norte-americano Ben Askren vive às turras com a maior organização de MMA do planeta, especialmente com o presidente Dana White. Apesar disso, o ex-campeão do Bellator e atual detentor do cinturão peso meio-médio do One FC não descarta completamente seu futuro no octógono. Em entrevista ao SUPER LUTAS, em comemoração ao aniversário de sete anos do site, Askren comemorou o que considera “o fim do monopólio” do Ultimate no esporte, mas preferiu não cravar que jamais pisará no octógono.
“O monopólio do UFC chegou ao fim e eles têm mais batalhas a serem travadas em suas mãos do que jamais estimaram”, garantiu Askren, citando a audiência do Bellator 131 no último fim de semana – que teve picos de 2 milhões de espectadores durante a luta entre Tito Ortiz e Stephan Bonnar e se tornou a melhor marca do MMA na TV em 2014. “Mas, apesar disso, eu não tenho ideia se um dia vou assinar com o UFC. O MMA é um mundo maluco”, completou.
Membro da equipe de luta olímpica dos Estados Unidos que disputou os Jogos de 2008 em Pequim e exímio utilizador da modalidade nas artes marciais mistas, Ben também comentou os bons resultados dos atletas oriundos do wrestling – que hoje possuem seis dos nove cinturões do UFC -e garantiu que o domínio não será passageiro. “Eu acho que no momento nós vivemos uma supremacia do wrestling e isso vai continuar por um tempo. Mais e mais caras sérios do wrestling estão fazendo a transição para o MMA e fazendo um grande trabalho nos cages. A dominância do wrestling não vai terminar por um bom tempo”, assegurou.
“O que mudou desde o lançamento do SUPER LUTAS, há sete anos?”
Como os demais atletas entrevistados pelo SUPER LUTAS neste aniversário, Ben Askren também foi questionado sobre as transformações no esporte desde novembro de 2007, quando o site foi ao ar, e suas próprias mudanças neste período. De forma sucinta, o norte-americano disse que o ganho de popularidade foi o maior feito do MMA desde então.
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“O MMA está se tornando algo de maior destaque, hoje está no mainstream, e sendo mais bem aceito pela sociedade. No meu caso, minha carreira de MMA ainda não completou sete anos, então eu diria que muita coisa mudou para mim”, afirmou o peso meio-médio, que, aos 30 anos, possui um cartel profissional perfeito em 14 lutas.
A grande surpresa de Askren, no entanto, ficou para os planos futuros. Perguntado sobre como se imagina daqui a sete anos e o que prevê para o MMA no período, “Funky”, como é conhecido, prenunciou uma crescente no desenvolvimento do esporte, mas revelou já pensar em sombra e água fresca para si próprio. “As artes marciais mistas, como esporte, estarão no seu caminho para se tornarem cada vez mais um fenômeno global. Agora, eu, daqui a sete anos, já estarei aposentado do MMA”, concluiu.
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