‘Escondido’ no card principal do UFC Atlantic City, que acontece no próximo sábado (30), o duelo entre Chris Weidman e Bruno Blindado pode marcar a aposentadoria de um dos maiores atletas da história do peso médio (até 83,9kg). Sofrendo com derrotas e graves lesões nos últimos anos, o ‘All-American’ vê sua brilhante carreira sofrer com um pequeno ‘apagamento’.
Para esquentar o embate do UFC Atlantic City, ou uma possível despedida, o SUPER LUTAS relembra o início avassalador da caminhada de Chris Weidman na organização, com direito a conquista do cinturão peso médio e duas vitórias sobre a lenda Anderson Silva.
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Ascensão meteórica
Pupilo da academia ‘Serra-Longo’, que tem como um dos proprietários o ex-campeão dos meio-médios (até 77,1kg) Matt Serra, Weidman se destacou no cenário nacional do wrestling, onde conquistou o status de ‘All-American’, dado aos melhores lutadores do circuito universitário. O norte-americano migrou para o MMA em 2009 e com apenas quatro lutas profissionais, conseguiu o esperado contrato com o UFC.
A ascensão de Weidman na organização foi meteórica e o ‘All-American’ venceu cinco rivais em um período de 16 meses, conquistando o direito de lutar pelo cinturão dos médios, em posse do então ‘imbatível’ Anderson Silva que iria para sua décima primeira defesa de título, mais do que o numero de compromissos profissionais do pupilo de Matt Serra até então.
Quando Weidman chocou o mundo
UFC 168. Julho de 2013. Subestimado e menosprezado até mesmo pelo campeão Anderson Silva, Weidman subiu ao octógono do MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas (EUA), confiante e tranquilo na complicada missão que teria pela frente. O ‘All American’ não caiu na pilha das tradicionais provocações do ‘Spider’ e chocou o mundo ao nocautear o brasileiro no segundo round.
Na aguardada revanche, pouco mais de cinco meses depois, Anderson sofreu uma grave lesão e foi derrotado novamente, mas não dá para esquecer o domínio imposto novamente por Weidman durante todo o primeiro round. Nas lutas seguintes, Chris ganharia a fama de ‘carrasco de brasileiros’ ao bater Lyoto Machida e Vitor Belfort que viviam grande fase até então. O ‘All American’ mostrava para todo mundo que chegou para ficar e seguia invicto no MMA profissional.
O declínio
Após vitórias sobre Anderson Silva, Lyoto Machida e Vitor Belfort, o céu parecia o limite para Weidman, porém, no UFC 194, em dezembro de 2015, um chute giratório mal executado fez o ‘All American’ perder o controle da luta e ser brutalmente nocauteado por Luke Rockhold, que assumia naquele momento o trono da divisão até 83,9kg.
Talvez seja impossível apontar se a primeira derrota da carreira de Weidman causou efeitos psicológicos ou motivacionais no norte-americano. Porém, o que se viu após o revés para Rockhold foi uma grande mudança de atitude e/ou comportamento nas apresentações de Chris. O norte-americano deixou de ser o lutador confiante e ou agressivo que chegou a entrar na lista de discussões de maiores pesos médios da história da organização.
Nas sete lutas seguintes após a perda do cinturão, Weidman sofreu cinco derrotas e venceu apenas dois combates e se afastou bastante da elite da divisão, até ser retirado do ranking do peso médio. A grave lesão sofrida no duelo contra Uriah Hall, em abril de 2021, amenizou a situação mas tornou o ‘All American’ um nome ‘desconhecido’ por parte dos fãs mais novos de MMA.
Após 847 dias afastado do octógono, Weidman retornou ao Ultimate em agosto de 2023 diante do experiente Brad Tavares. No encerramento do card preliminar do UFC 292, o ‘All-American’ foi dominado pelo seu rival e saiu derrotado na decisão unânime dos juízes.
Com sete derrotas sofridas em suas últimas nove lutas, Weidman subirá ao octógono montado em Atlantic City para enfrentar o brasileiro Bruno Blindado, que também vive momento delicado na organização, no card principal do evento.
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