No último dia 25 de outubro, o Brasil se viu diante da ameaça de ficar sem nenhum cinturão no Ultimate quando José Aldo enfrentou Chad Mendes no Rio de Janeiro. Passado o momento de tensão com a defesa bem sucedida de Aldo, o país vive agora uma expectativa diferente neste sábado (15), quando Fabrício Werdum terá a chance de ampliar o número de títulos tupiniquins na principal organização de MMA do planeta contra Mark Hunt, no UFC 180, evento que marca a estreia do octógono no México.
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Garantido na condição de desafiante desde abril, quando superou Travis Browne, Werdum viu sua chance pelo cinturão linear se transformar em uma luta pelo título interino a menos de um mês do duelo, quando o campeão Cain Velasquez se machucou e acabou cortado da luta. Porém, caso supere Hunt em solo mexicano, o brasileiro pode se beneficiar da inatividade de Velasquez, que já foi avisado pela direção do Ultimate que tem até o mês de março de 2015 para unificar os cinturões, caso contrário será destituído da condição de campeão.
Se visando a luta contra Velasquez, Fabrício Werdum se preparava para um atleta dinâmico, que trabalha com muita movimentação e é especialista no wrestling (luta olímpica), a realidade do combate se transformou drasticamente com a chegada de Mark Hunt. Ex-campeão de kickboxing, o neozelandês fez carreira nos eventos de K-1 e aposta mais na potência do que de fato no volume de seus golpes. A estratégia tem se mostrado bem sucedida e recentemente lhe rendeu a façanha de se tornar o primeiro homem a nocautear o duríssimo Roy Nelson no octógono.
Por esses motivos, é mais provável que Werdum, faixa-preta de jiu-jitsu e com vários títulos na arte suave, deva mesmo apostar no jogo de solo para a luta na Arena Ciudad de Mexico. Além de ser sua maior especialidade, que lhe rendeu inclusive a maior vitória de sua carreira contra o lendário Fedor Emelianenko, o solo é também a parte mais frágil do jogo de Hunt, que perdeu por finalização em seis de suas oito derrotas.
Repleto de atletas locais, card também tem finais do “TUF: América Latina”
Como é de costume nos primeiras visitas do Ultimate a novas praças, a organização recheou o card do UFC 180 com atletas locais. Ao todo, são seis combates envolvendo atletas da casa contra estrangeiros e outro em que se enfrentam dois mexicanos, totalizando oito lutadores do país. Apesar disso, a grande expectativa da organização pela visita ao México foi frustrada pela lesão de Cain Velasquez, que apesar de norte-americano possui forte identificação com o público mexicano.
Além do grande número de atletas da casa, outro destaque do evento são as finais do reality show The Ultimate Fighter: América Latina, primeira edição do programa na região e que reuniu um time de atletas mexicanos contra outro composto por lutadores dos demais países latino-americanos. As duas decisões do torneio do TUF fecham o card principal da noite. Nos pesos galos, os mexicanos Alejandro Pérez e José Alberto Quiñonez lutam pelo título, enquanto nos penas o nicaraguense Leonardo Morales enfrenta Yair Rodriguez, do México. Como de praxe, os vencedores faturam um contrato de seis dígitos com o UFC.
Confira abaixo o card completo do UFC 180:
CARD PRINCIPAL
Peso pesado (até 120 kg): Fabrício Werdum x Mark Hunt;
Peso meio-médio (até 77,1 kg): Kelvin Gastelum x Jake Ellenberger;
Peso pena (até 66 kg): Dennis Bermudez x Ricardo Lamas;
Peso meio-médio (até 77,1 kg): Chris Heatherly x Augusto Montaño;
Peso meio-médio (até 77,1 kg): Edgar García x Hector Urbina.
CARD PRELIMINAR
Peso pena (até 66 kg): Yair Rodríguez x Leonardo Morales;
Peso galo (até 61,2 kg): Alejandro Pérez x José Quiñonez;
Peso galo (até 61,2 kg): Jessica Eye x Leslie Smith;
Peso pena (até 66 kg): Gabriel Benítez x Humberto Brown;
Peso galo (até 61,2 kg): Guido Cannetti x Henry Briones;
Peso galo (até 61,2 kg): Marlon Vera x Marco Beltrán;
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