Acusado de práticas anticompetitivas e de sufocar a carreira de lutadores, o UFC chegou a um acordo milionário para evitar um julgamento que prometia ser um marco no cenário das lutas. A organização presidida por Dana White vai desembolsar 335 milhões de dólares (R$ 1,67 bilhão) para encerrar um processo movido por um grupo de até 1.200 ex-atletas.
O processo, conhecido como “antitruste”, alegava que o UFC utilizava contratos exclusivos, coerção e aquisições estratégicas para manter um monopólio ilegal no mercado de lutadores de elite. A liga era acusada de sufocar a concorrência, limitar a autonomia dos atletas e reduzir seus salários.
Para evitar o julgamento agendado para 15 de abril, a “TKO Group Holdings”, controladora do Ultimate, aceitou pagar a quantia milionária aos demandantes. O acordo foi firmado na última quarta-feira (13) e põe fim a um processo que buscava até 1,6 bilhão de dólares (R$ 8 bilhões) em indenizações.
Além das indenizações, os ex-lutadores que lideraram o processo, como Cung Le, Kyle Kingsbury e Kajan Johnson, também buscavam mudanças nos contratos do UFC. No entanto, ainda não há informações se estas modificações foram contempladas no acordo final.
A “Associação dos Lutadores de Artes Marciais Mistas” comemorou o acordo em suas redes sociais, destacando que “ama todos esses caras!”. O juiz Richard Boulware ainda precisa assinar o acordo, mas, se confirmado, o julgamento será cancelado e as duas ações antitruste contra o UFC serão encerradas.