Árbitro relembra diferenças físicas de Vitor Belfort no UFC: ‘Parecia um homem de 70 anos sem TRT’

Ex-árbitro do Ultimate conta como era o impacto dos golpes do lutador brasileiro quando fazia uso da terapia de reposição de testosterona

V. Belfort (foto) foi derrotado por C. Weidman na disputa do cinturão dos médios. Foto: Reprodução/UFC

V. Belfort (foto) foi derrotado por C. Weidman na disputa do cinturão dos médios. Foto: Reprodução/UFC

O ex-árbitro do UFC Osiris Maia revelou que testemunhou de perto a diferença entre o Vitor Belfort com e sem o uso de TRT, a terapia de reposição de testosterona que foi proibida pelas comissões atléticas.

Segundo ele, o lutador brasileiro tinha um físico impressionante e um soco devastador quando fazia o tratamento, mas perdeu muito da sua forma e potência depois que teve que parar.

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Osiris Maia, que foi árbitro do UFC por mais de dez anos, disse em entrevista ao podcast “Connect Cast” que esteve em algumas lutas de Belfort e que notou as mudanças físicas no lutador, com e sem TRT.

“Eu me lembro do Vitor Belfort sem TRT. Até o peito dele parecia um homem de 70 anos, todo murcho, pelancudo. Aquilo encerrou a carreira dele. É uma pena, porque ainda poderia ter visto mais uns três anos dele em alta performance. O soco do Vitor, você escutava a pancada, parecia que estava dando um tiro”, afirmou Maia.

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Entre as fases da sua carreira, Vitor teve um período de grande destaque quando fazia o uso de TRT, um tratamento que consiste em injetar testosterona sintética no organismo para aumentar os níveis hormonais. O TRT era permitido pelo UFC até 2014, desde que os lutadores tivessem uma autorização médica e mantivessem os níveis dentro do limite aceitável.

Nessa época, o Fenômeno nocauteou três adversários seguidos, sendo dois deles com chutes rodados espetaculares. Ele também desafiou Jon Jones pelo título dos meio-pesados, e quase finalizou o campeão com uma chave de braço no primeiro round.

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Belfort brilhou no UFC

Em 2014, o TRT foi banido pelo UFC e pelas comissões atléticas, após uma série de polêmicas e críticas sobre o seu uso abusivo e desleal por alguns lutadores. Belfort foi um dos mais afetados pela proibição, pois teve que interromper o tratamento e se adaptar à nova realidade.

Sem a substância, o ex-campeão perdeu massa muscular e força, e também teve uma queda no seu desempenho. Ele chegou a disputar o cinturão dos médios contra Chris Weidman, mas foi superado.

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