Diretamente de Marituba, Pará, Brendson Ribeiro caminhou por longo caminho, onde teve vitórias e derrotas até alcançar oportunidade de se apresentar diante de Dana White, com a dura missão de impressionar o presidente do Ultimate. Azarão nas casas de apostas, ‘The Gorilla’ como é conhecido, quebrou a banca ao nocautear Bruno Lopes e não ofereceu duvidas ao mandatário de que merecia ganhar o sonhado contrato.
Aos 27 anos, Ribeiro é pupilo de André Dida; parceiro de treinos de Bruno Blindado, Brunno Hulk e outros grandes nomes da Brazilian TKO. Atualmente acumula cartel de 15 vitórias, cinco derrotas e um ‘no contest’ (luta sem resultado). Conhecido pelo poder de nocaute e agressividade imposta na luta, o atleta só chegou na decisão dos juízes uma vez na carreira e não sabe o que é alcançar o segundo round nas últimas cinco aparições.
Escalado para estrear contra Mingyan Zhang no UFC 298, que ocorre neste sábado (17), Brendson falou com exclusividade ao SUPER LUTAS sobre como foi ganhar chance de lutar no Contender Series; emoção de ter talento reconhecido por Dana White; fato de ser azarão novamente na luta; como enxerga seu próximo adversário e o que os fãs podem esperar de sua atuação.
“Foi uma surpresa. Depois que fui campeão do Shooto, eu fiquei esperando, mas não vinha nada. Meu empresário tentando e não vinha nada. Do nada eu recebi a notícia que fui contratado para lutar no Contender (…) fiquei louco, chorando, quase batucava de nervoso. Foi uma das melhores sensações que tive na minha vida”, disse Brendson.
“Só eu e minha equipe sabíamos que eu ia chocar o mundo e tirar Dana White da cadeira. Eu sabia que quando minha mão entrasse o cara ia sentir e eu ia nocautear ou finalizar. Fiquei muito feliz com tudo o que ele falou de mim depois da luta. Tenho 27 anos ainda, vou ser campeão e dia 17 de fevereiro vou impressionar o Dana White mais uma vez”
“Fiquei um pouco triste quando soube que a luta tinha sido adiada, pelo evento de Shangai ter caído. Mas nada mudou, no outro dia eu já estava na academia treinando e me preparando, eu sabia que já já iam remarcar a luta e logo eu estaria fazendo a estreia no UFC. Então ganhei mais uns meses para me preparar melhor e chegar muito pronto para essa luta. Dia 17 de fevereiro os fãs vão ver o grande atleta que eu sou e mostrar do que sou capaz”
“Eu fui saber que era azarão depois. Não ligo muito para essas coisas de casas de apostas. Não me importo se eu sou azarão ou não. Deixa a galera duvidar de mim, não tenho problema quanto a isso. Quando fecha a grade sou eu e meu adversário lá dentro trancados. Só vai ter o árbitro para me tirar de cima dele. Lá dentro não tem aposta ou azarão. MMA é um esporte de um golpe e qualquer vacilo eu posso nocautear meu adversário”
“Acho que o Contender Series é mais pressão do que já lutar no UFC direto. Ali é uma entrevista de trabalho sinistra, que o Dana White vai estar ali só para te assistir. A pressão do Contender é muito maior do que lutar no card do UFC. Estou tranquilo, em paz e sei que vou trazer um grande nocaute para o Brasil.
“Enxergo meu adversário como um cara completo assim como eu. A gente tem o cartel bastante parecido, só que ele não tem as qualidades que eu tenho. Então vou explorar todas as áreas. Quando se fala de MMA, de misturar as coisas, ninguém me segura. Vou dominar esse cara tanto na trocação, quanto no chão, na luta agarrada. Ele não está ligado do que sou capaz”
“A galera e os fãs podem esperar sempre um lutador agressivo, que gosta de lutar, que busca o combate o tempo todo. Eu sou esse cara simples, que chegou no UFC sem passar por cima de ninguém, sem olhar para o prato de ninguém. Fui devagarinho construindo meu nome e mostrando meu trabalho. Me acompanhem, fiquem por dentro de tudo o que vai rolar na minha carreira. Dia 17 a gente vai trazer uma grande vitória para o Brasil. Me sigam nas redes sociais, vamos fazer barulho. Podem ter certeza que um problema chegou no UFC”, concluiu.