Especial Família Gracie: ‘Ainda temos muitas pessoas a catequisar’, diz Royler

Royler ao lado de seu pai, Hélio, falecido em 2009. Foto: Reprodução/Royler Gracie.com

Royler ao lado de seu pai, Hélio, falecido em 2009. Foto: Reprodução/Royler Gracie.com

Antigamente, a grande missão dos membros da família Gracie era em difundir as técnicas do jiu-jitsu pelo mundo, o que era visto através dos desafios feitos com atletas de outras artes marciais e com os primeiros eventos de Vale-Tudo, incluindo a criação do próprio UFC, em 1993.

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O sucesso foi atingido: o jiu-jitsu se tornou uma arte respeitada mundo afora e se estabeleceu como item obrigatório a qualquer lutador que pretende se aventurar nas competições de MMA. Assim, qual é o grande objetivo do clã nos dias de hoje? Com a palavra, Royler Gracie, lenda viva do jiu-jitsu, filho de Hélio Gracie e irmão de lutadores como Rickson e Royce.

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Aos 48 anos de idade, Royler, que se mantém firme dos nos treinamentos de jiu-jitsu, conciliando com malhação, surfe e seminários, considera que a missão não mudou em relação às últimas décadas: “A missão continua a mesma ainda. Tem muitos lugares e muitas pessoas a catequisar”, comentou, em entrevista ao SUPER LUTAS.

Mesmo assim, ele reconhece que, uma vez que o jiu-jitsu já tenha conquistado notoriedade internacional, é natural que tenha havido uma diminuição na participação de membros da família Gracie em competições de MMA. “O fato é que a gente já provou que o jiu-jitsu é eficiente e todos estão o usando no MMA. Esse era o grande motivo para participar dos eventos. Além disso, os eventos de MMA têm umas regras que restringem o tempo necessário para aplicar o jiu-jitsu”, argumenta. “[Com isso] Muitos da família estão focados em desenvolver suas próprias academias e afiliações.”

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Royler também vê com naturalidade o fato de haver menos finalizações nos combates atuais de MMA. “Não e questão de [a adaptação do jiu-jitsu ao MMA] ser fácil ou difícil. Todos os lutadores agora usam o jiu-jitsu como parte do treinamento, então isso deixa a luta mais equilibrada”, opinou.

Assim, motivado em continuar “catequisando” as pessoas com as técnicas de jiu-jitsu, Royler considera que o trabalho ainda é árduo, independentemente de se tratar de um membro consagrado da família que se dedicou por várias gerações à arte suave. “Ser da família Gracie sempre ajuda, é claro. Afinal, a tradição dos fundadores, do estilo e pela tradiçãoo de lutar e defender a arte dá uma força extra. Mas, no fim das contas, é o seu trabalho e atitude que contam”, concluiu.

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Publicado por
Bruno Ferreira