A vitória de Raquel Pennington sobre Mayra Sheetara no UFC 297 iniciou um novo capítulo na divisão dos galos (até 61,2kg.) entre as mulheres. Com a conquista inédita da norte-americana, a lutadora se tornou a sexta atleta a assumir o trono da categoria.
Para relembrar os saudosistas, a equipe do SUPER LUTAS lista a trajetória de todas as lutadoras que um dia lideraram a categoria inaugurada em 2013. Confira:
Ronda Rousey (2013-2015)
Considerada uma das grandes responsáveis pela difusão do MMA feminino no mundo, Ronda Rousey não só ‘calou a boca’ de Dana White possibilitou a ascensão das mulheres no esporte. Antes da aparição do ‘fenômeno’, o mandatário do Ultimate descartava publicamente a inclusão feminina no Ultimate.
Medalha de bronze nos Jogos de Pequim (2008), Rousey estreou no MMA profissional em 2011. Especialista na luta agarrada, a atleta precisou de um ano para assumir o cinturão do extinto Strikeforce, quando superou Miesha Tate.
Na temporada seguinte, Ronda acabou integrada ao UFC e, logo em sua estreia, conquistou o título inaugural dos galos diante de Liz Carmouche.
Como campeã, a norte-americana acumulou seis defesas de título, detendo, até hoje, o recorde na manutenção do trono.
Holly Holm (2015-2016)
Ex-campeã mundial de boxe e, hoje, membro do ‘Hall da Fama’ na modalidade, Holly Holm teve trajetória relâmpago no UFC para conquistar a condição de desafiante. Invicta em nove compromissos antes de chegar ao Ultimate, a norte-americana precisou de dois triunfos para se credenciar ao embate contra Ronda.
Famosa pela trocação de excelência, a ‘Filha do Pastor’ protagonizou um dos maiores choques de realidade na história da modalidade. No fatídico UFC 193, a atleta deu show e fez parecer fácil o confronto contra Rousey, que, até o momento, reinava absoluta na categoria.
Com nocaute histórico, Holly assumiria o posto de campeã.
Miesha Tate (2016)
Mesmo com moral elevado após ter batido uma das maiores de todos os tempos, até aquele momento, o reinado de Holm teve curta duração. Logo em sua primeira defesa de título, a ‘Filha do Pastor’ acabou superada pela experiente Miesha Tate.
Maior desafeto de Ronda no MMA, Tate teve performance cirúrgica e usou a luta agarrada para anular o boxe afiado da ‘rainha’ da divisão. O triunfo da ‘Cup Cake’ aconteceu no quinto round, via finalização.
Amanda Nunes (2016-2021; 2022-2023)
Algoz de Holly Holm, Miesha Tate seria vítima daquela que, anos depois, seria considerada por muitos como a melhor na história do MMA feminino. Em 2016, a campeã foi escalada para enfrentar Amanda Nunes, que acumulava três vitórias seguidas, sendo uma delas diante de Valentina Shevchenko.
No confronto, a norte-americana foi duramente massacrada. Em seu auge físico, técnico e psicológico, a baiana não deu chances à detentora do título e promoveu uma das conquistas mais duras diante de uma campeã.
Na posição de ‘rainha’ da divisão, Nunes construiu trajetória de sucesso. Em seu primeiro reinado, a brasileira somou cinco defesas de título, uma delas em uma ‘surra homérica’ contra Ronda Rousey, que, depois de um ano afastada do MMA, tentou recuperar o cinturão perdido em 2015.
Em 2021, Amanda foi surpreendida no desafio contra Julianna Peña, perdendo o posto de ‘número um’. Porém, em revanche imediata, a baiana se recuperou e massacrou a venezuelana por cinco rounds, reassumindo a liderança da categoria.
Na temporada seguinte, Nunes enfrentou Irene Aldana. Visivelmente superior à rival, Nunes teve confronto fácil, passando pela veterana e anunciando a aposentadoria na sequência.
Julianna Peña (2021-2022)
Falastrona na categoria, Julianna Peña chocou o mundo ao encerrar a longa trajetória de Amanda Nunes como campeã. Depois de ser duramente dominada no primeiro round do confronto ocorrido no UFC 269, a venezuelana promoveu virada histórica e finalizou a lenda brasileira no segundo assalto.
Depois de cumprir a promessa e bater a baiana, Peña viu o reinado ruir na revanche imediata. Atropelada na reedição do confronto, a atleta não teve êxito em uma defesa de título.
Raquel Pennington (2024)
Com o título vago, restou a Raquel Pennington e Mayra Sheetara o dever de lutarem pelo trono deixado por Amanda Nunes.
O desafio aconteceu no UFC 297. Apesar do confronto morno, a norte-americana levou a melhor, anulando a brasileira por grande parte dos 25 minutos disputados.
Nova campeã, Pennington ainda não tem data ou adversária confirmados para seu próximo compromisso. Depois de superar Sheetara, a norte-americana revelou interesse em medir forças com Julianna Peña, com quem admite ter ‘assuntos a resolver’.
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