Campeã do UFC rebate ataques homofóbicos de Sean Strickland: “Comentários repugnantes”

Sean Strickland é ex-campeão do UFC. Foto: Reprodução/Instagram/UFC

Sean Strickland é ex-campeão do UFC. Foto: Reprodução/Instagram/UFC

Nova campeã do peso galo (até 61,2kg.) feminino do Utimate, Raquel Pennington não se intimidou com as ofensas homofóbicas proferidas pelo ex-campeão dos médios (até 83,9kg.), Sean Strickland, antes do UFC 297, realizado no último sábado (20/01), em Toronto, no Canadá. A lutadora, que é casada com a também atleta Tecia Torres, rebateu as declarações do norte-americano e afirmou que ele não afeta a sua felicidade.

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Em entrevista à ‘SportsNet’, Pennington disse que sente pena de pessoas como Strickland, que julgam e discriminam os outros por sua orientação sexual ou identidade de gênero. Ela também defendeu que todos têm direito à liberdade de expressão, mas que isso não significa que possam desrespeitar e ofender quem é diferente.

“Para julgar tanto? No final das contas, as coisas que ele diz não impactam minha vida e nunca vão impactar minha vida. Isso não vai mudar o que estou fazendo, o quanto estou feliz e o quanto meu coração está cheio”, declarou a campeã, que conquistou o cinturão ao vencer a brasileira Mayra Sheetara por decisão unânime.

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Pennington também alertou para o impacto negativo que as palavras de Sean podem ter sobre as pessoas que fazem parte da comunidade LGBTQIAP+, especialmente as mais jovens e vulneráveis. A norte-americana criticou a postura do ex-campeão dos médios.

“Coisas que são ditas assim e o julgamento que foi proferido? Isso realmente impacta as pessoas. Coisas assim não estão bem. Isso é culpa dele, não é culpa minha, mas o fato de ele poder julgar tanto e fazer comentários repugnantes só mostra que tipo de pessoa ele é. Eu simplesmente sinto que é por isso que o mundo é do jeito que é”, concluiu.

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As ofensas de Strickland

Ex-campeão dos médios do UFC, Sean Strickland, causou polêmica ao fazer comentários homofóbicos e transfóbicos durante o ‘media day’ do UFC 297. O lutador se irritou com um repórter que o questionou sobre suas declarações anteriores.

Strickland reagiu de forma agressiva e insultou o jornalista, chamando-o de “gay”, “fraco” e “inimigo”. Ele também atacou a comunidade, dizendo que ser trans era uma “doença mental” há 10 anos e que pessoas como o repórter eram uma “infecção”.

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Em seguida, o norte-americano tentou amenizar seu discurso, dizendo que gostava dos gays e que não se importava com quem eles faziam da vida. No entanto, ele pediu que eles não falassem sobre isso com as crianças, não ensinassem nas escolas e não tentassem fazer “lavagem cerebral”.

Strickland, que defendeu o seu cinturão contra o sul-africano Dricus du Plessis no evento principal do UFC 297, perdeu o título por decisão dividida dos juízes, em uma luta equilibrada e controversa.

Publicado por
Igor Ribeiro