O UFC 297 marca o retorno do octógono mais famoso do mundo à Toronto após pouco mais de cinco anos. Se o card capitaneado por Sean Strickland e Dricus Du Plessis precisa de ‘boas energias’, a cidade canadense possui um excelente histórico de receber algum dos maiores confrontos realizados em 30 anos de organização. Relembre os principais embates.
Em setembro de 2013, o então campeão dos meio-pesados (até 93kg) Jon Jones já havia completado dois anos de um reinado dominante, batendo nomes como Vitor Belfort, Lyoto Machida, Chael Sonnen e Maurício Shogun de forma categórica. Para sua sexta defesa de cinturão, a organização escalou o jovem sueco Alexander Gustafsson como rival do ‘Bones’ e o duelo que parecia ser apenas protocolar se tornou uma das maiores lutas da história da empresa e, provavelmente, o embate mais díficil de Jones na categoria.
A luta principal do UFC 165 mostrou um Jones que, até então, nenhum fã de MMA tinha visto: sem conseguir se impor com a vantagem da envergadura, sangrando como um ser humano normal e tomando sufoco de um desafiante. Com características e atributos físicos semelhantes ao do então campeão, Gustafsson entregou 25 minutos de um duro confronto mas foi derrotado em uma polêmica decisao dividida, que até hoje gera controvérsia e debates.
Em 30 de abril de 2011, o octógono do Ultimate desembarcava pela primeira vez na cidade de Toronto e trazia na bagagem o maior nome da história do MMA canadense: o então campeão dos meio-médios (até 77,1kg) Georges St-Pierre. Como desafiante, a organização escalou o norte-americano Jake Shields, craque do jiu-jítsu e ex-campeão dos médios (até 83,9kg) do extinto evento Strikeforce.
Dentro do octógono, St-Pierre venceu o duelo tranquilamente na decisão unânime dos juízes. Porém, o card trouxe outros recordes e momentos históricos. Com um público de 55.724 pessoas no Rogers Center, o UFC 129 batia o recorde de público em uma arena em toda a história da organização, tabu que duraria até 2013.
O card em Toronto também marcou o início do reinado de José Aldo no peso pena. O brasileiro estreou na organização vencendo o canadense Mark Hominick na decisão unânime dos juízes e fez a primeira das setes defesas de título, sendo destronado apenas em dezembro de 2015 diante do irlandês Conor McGregor.
O UFC 129 também marcou a aposentadoria da lenda do MMA Randy Couture. Ex-campeão dos pesados (até 120,2kg) e dos meio-pesados (até 93kg), o ‘Natural’ se despediu de forma amarga do esporte ao sofrer um duro nocaute no ‘estilo Karatê Kid’ para o brasileiro Lyoto Machida. Randy pendurou as luvas com um cartel de 19 triunfos e 11 reveses.
A quarta defesa de cinturão do então campeão dos meio-pesados Jon Jones foi marcada para Toronto e diante de um veterano que vivia seus últimos momentos de protagonismo no MMA. O brasileiro Vitor Belfort aceitou o confronto de última hora após toda a polêmica que envolveu o cancelamento do UFC 151, onde Jones enfrentaria o também veterano Dan Henderson.
No octógono, apesar da dominância de Jones, Belfort chegou a encaixar uma finalização que assustou o norte-americano e todo o público que assistia o combate. No entanto, Jon conseguiu se defender no susto e ‘retribuiu’ o susto finalizando o brasileiro no quarto round e se mantendo como campeão dos meio-pesados.
Na luta co-principal, aconteceu a primeira disputa do cinturão peso mosca (até 52,kg). Dando início a um reinado que duraria seis anos e 11 defesas de título, Demetriou Johnson derrotou veterano Joseph Benavidez na decisão dividida e se tornou o primeiro campeão da história da categoria.